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Eduardo da Silva

UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO NO ENSINO DE HISTÓRIA
Eduardo da Silva Melo
UFS

As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) contribuem consideravelmente na construção de uma nova realidade ao longo da história da humanidade nos seus diversos âmbitos: histórico, social, político, econômico, cultural, etc.
Desde seus primórdios a tecnologia sempre afetou a vida do homem. Mudou hábitos acarretando amplas e profundas mudanças sociais e culturais, em um processo de elaboração e mudanças, o que impõe transformações no que se entende por ensino e aprendizagem (ROMEIRA; ALTOÉ, s/d, s/p).
Dessa forma, as tecnologias provocam transformações na coletividade e como consequência, “a transformação geral da sociedade repercute, sim, na educação, nas escolas, no trabalho dos professores” (LIBÂNEO, 2001, p.21 apud MENDES, 2011, p. 14), ou como alerta Santos (s/d):
O mundo está mudando e isso está ocorrendo a uma velocidade sem precedentes na evolução histórica da humanidade. A globalização, o surgimento de novas tecnologias, como o avanço das telecomunicações e da informática, contribuem para que ocorra mudanças, também, na Educação. A interação professor - aluno vem se tornando muito mais dinâmica nos últimos anos. O professor tem deixado de ser um mero transmissor de conhecimentos para ser mais um orientador, um estimulador de todos os processos que levam os alunos a construírem seus conceitos, valores, atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas, como cidadãos e futuros trabalhadores, desempenhando uma influência verdadeiramente construtiva (SANTOS, s/d, s/p).
As TICs são peças fundamentais no processo de ensino-aprendizagem, pois dinamizam os métodos tradicionais aplicados nas escolas. Assim, na busca por uma educação mais efetiva, lançar mão de propostas pedagógicas atraentes, perpassando pelo uso das tecnologias disponíveis, é de crucial importância para se lograr êxito na sala de aula, principalmente no que concerne ao ensino de História.
Considerando o papel da escola na sociedade da informação, podemos tomar como referência o pensamento de Freire (1997), quando diz que ensinar é algo de profundo e dinâmico, não é mera transferência de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida. Portanto, é preciso mudar profundamente nossos métodos de ensinar para reservar ao cérebro humano o que lhe é peculiar: a capacidade de pensar, a dominar as linguagens (inclusive a eletrônica) a pensar criticamente (MENDES, 2011, p. 19).
 A escola deve abrir-se ao novo contexto sócio-cultural vigente. Este faz uso de novas tecnologias para ter acesso à informação e para empreender a comunicação. Afinal, educação é uma forma de comunicação. Comunicação do conhecimento, das perspectivas sociais, das necessidades da sociedade, dos anseios da comunidade escolar, em fim é comunicar ao outro o seu eu.
Cabe frisar que emitir opinião não quer dizer necessariamente comunicar-se. A comunicação exige uma posição formada a partir de leituras diversas e da reflexão sobre elas. Ser opiniático é emitir sua opinião sem muito embasamento.
Entre a escola e os novos aportes tecnológicos precisa-se construir uma ponte, um elo forte que possibilite, perenemente, a construção do conhecimento e facilite o processo de aprendizagem, tornando-o cada vez mais atrativo, moderno e lúdico. Cabe ao educador a tarefa de construir a ponte necessária para que haja a construção e troca de saberes.
Assim, o professor precisa trabalhar pensando nas possibilidades de convergência de hipertexto, multimídia, realidade virtual e agentes virtuais que têm possibilitado a mudança dos modos de comunicação, entretenimento, trabalho e cognição, consequentemente transformando também os modos de ensino-aprendizagem [...].Pressupõe uma mudança de cultura, a tal ponto de os indivíduos passarem a utilizar as novas tecnologias, de forma criativa e inovadora, para o desempenho melhorado de funções outrora executadas tradicionalmente (SILVA, s/d, s/p).
Constitui-se um grande desafio para as instituições de ensino, principalmente as públicas, e para professores e professoras, aderirem a esse novo contexto. Mas “não se pode admitir que justamente a escola, local onde se produz conhecimento, fique à margem da maior fonte de informações disponíveis e, mais, não seja capaz de orientar sua utilização” (FERREIRA, 1997, p. 87, FRANÇA; SIMON, s/d, s/p).
 No entanto, fazendo uso dos mecanismos certos, utilizando-se de maneira equilibrada, coesa, coerente e “com propriedade” – dos instrumentos tecnológicos disponíveis – o ambiente escolar só tem a ganhar.
Quando o professor de história inclui imagens e dinâmicas que trazem acréscimos aos conteúdos tradicionais ele está convidando o aluno a uma possibilidade de compreensão de forma mais maleável e interessante. Além disso, a utilização de pequenos documentários científicos também são bem vindas, uma vez que por serem menores do que um filme maior, conseguem dialogar com o conteúdo da aula de maneira resumida e interativa contribuindo também para a ampliação do conhecimento dos alunos (SANDRE, s/d, s/p).
Junto com a internet, os canais de comunicação e informação como o e-mail, os chats, os fóruns, os grupos de WhatsApp, comunidades virtuais do Facebook, os canais no Youtube, os vlogs, os blogs, etc, formam uma verdadeira rede, que revolucionou os relacionamentos humanos. Esses meios digitais de interação virtual possibilitam, de maneira dinâmica, o estreitamento das relações interpessoais, por meio do uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), integrando conteúdos, informação e entretenimento, que convergem para a inserção no processo de ensino-aprendizagem.
A sociedade atual vivencia um amplo processo de transformação no que diz respeito à intensificação do acesso à comunicação e informação. Trata-se da sociedade do conhecimento, na qual os saberes são transitórios e há necessidade de estarmos constantemente aprendendo, construindo novos conhecimentos. O espaço educacional, não diferente de outros espaços, mas de um modo particular, tem sido cada vez mais demandado na perspectiva de se experienciar novas formas de construção e difusão do conhecimento (VIEIRA, 2011, p. 65-66).
Dos diversos recursos multimídias existentes, muitos já são utilizados com sucesso em algumas escolas, no ensino de história, a exemplo do datashow (usado na exibição de audiovisuais), do aparelho de som (quando o objeto de análise e/ou exposição da aula é um áudio/música), etc.
Multimídia é o conjunto dos mais variados meios de comunicação (meios digitais, tais como texto, gráfico, imagem, áudio, animação, vídeo) que visam transmitir de alguma forma as informações. (Schnotz e Bannert, 2003; Akkoyunlu e Yilmaz, 2005; Montazemi, 2006; Rose e Fernlund, 2009). Nas escolas, a utilização de fotos, rádio, televisão, softwares educativos e sites da Internet estão sendo utilizados como meios tecnológicos por alunos e professores para fins educativos (LEE et al,2006). Para Prieto et al. (2005) as atividades digitais multimídia, na sua maioria, possuem grande apelo visual, acabam encantando pelo layout com cores vibrantes, som e movimento e fascinando alunos e professores que se impressionam com a interface colorida, o áudio e os vídeos (OLIVEIRA et al.,2013, p. 02).  
Nisso, entende-se que o ensino de história, por meio do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação torna o acesso aos conteúdos didáticos aplicados na sala de aula, de maneira mais instantânea, flexível e dinâmica. Assim promove-se e desenvolve-se a pacificação entre tecnologia e educação.

Referências
FRANÇA, Cyntia Simioni; SIMON, Cristiano Biazzo.  Professores de história: o uso do computador na construção do conhecimento histórico escolar. Disponível em <http://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180306122014186/3715>. Acesso em 01.03.2017.

MENDES, João. Tecnologias da Informação e Comunicação Educativa. Curitiba: UFP, 2011.
OLIVEIRA, André Junior de; KLEIN, Luciana; ALMEIDA, Lauro Brito de; SCHERER, Luciano Márcio. Recursos Multimídia no Processo de Ensino-Aprendizagem: Mocinho ou Vilão. Disponível em < http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnEPQ/enepq_2013/2013_EnEPQ187.pdf>. Acesso em 05.03.2017.
ROMEIRA, Tony Eudes; ALTOÉ, Anair. Tecnologia de informação e comunicação e ensino de história: possibilidades de diálogo. Disponível em <http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2009_2010/pdf/2010/036.pdf>. Acesso em 01.03.2017.
SANDRE, Lara Patrícia. Novas tecnologias no curso de história: uma didática possível.  Disponível em <https://pos.historia.ufg.br/up/113/o/27_-_Novas_Tecnologias_no_Curso_de_Hist%C3%B3ria.pdf>. Acesso em 02.03.2017.
SANTOS, Elenir Souza. O Professor como Mediador no Processo Ensino Aprendizagem. Disponível em <http://www.udemo.org.br/RevistaPP_02_05Professor.htm>. Acesso em 03.03.2017.
SILVA, Marcos. Ensino de história e novas tecnologias. Disponível em <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/fevereiro2012/historia_artigos/2silva_artigo.pdf>. Acesso em 02.03.2017.
VIEIRA, Rosangela Souza. O Papel das tecnologias da informação e comunicação na educação a distância: um estudo sobre a percepção do professor/tutor. Disponível em <http://seer.abed.net.br/edicoes/2011/Artigo_05.pdf>. Acesso em 04.03.2017.

25 comentários:

  1. Gleison Carlos Souza de Morais3 de abril de 2017 às 19:06

    Quais os principais desafios encontrados pelos professores de História no que se refere ao uso das tecnologias educacionais na sala de aula?

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    1. Obrigado por perguntar!

      Vejo que o principal desafio dos professores consiste em não "virtualizar" demais o ensino da disciplina História - levando os alunos a focarem mais nas imagens e assim perderem a criticidade na análise dos fatos e eventos históricos, e ainda tem a questão do próprio uso dos equipamentos eletrônicos - por vezes dificultoso por parte de muitos professores.

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  2. Boa noite Eduardo, acredito que são grandes os desafios por parte da aceitação dos professores, em buscar o uso das tecnologias em suas práticas pedagógicas, sem generalizar. Entretanto as gerações mais jovens, professores, já nasceram imersas neste contexto. Pergunto: Você acredita que em um tempo não muito distante, não haverá mais problemas por parte dos professores em relação ao uso das tecnologias? Abraço. Evelline S. Correia

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    1. Evelline, obrigado por sua pergunta.

      Sim, eu acredito que as novas gerações podem fazer a diferença na sala de aula moderna. O que não se pode é "enterrar os dons", ou seja, professores da nova safra deixarem-se acomodar pelo sistema de ensino retrógrado - que persiste em alguns lugares do nosso Brasil- e entreguem suas almas ao descaso com a inovação tecnológica a serviço do processo ensino-aprendizagem.

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  3. Boa tarde Eduardo,
    Como professora sou uma defensora do uso das TICs em sala de aula ou fora dela. Elas nos permitem “viajar” além das fronteirassem todas as áreas, mas no ensino de história é algo “fantástico”, mas, ainda encontramos algumas resistências de professores, mesmo os mais jovens, uma vez que estes ainda o livro didático ou apostilas ainda é a melhor ferramenta de TICs disponível o que acaba por vezes gerando acomodação.

    Carla Gomes

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    1. Pertinente e totalmente coerente sua colocação Carla. Obrigado por essa rica e provocadora reflexão!

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  4. Olá Eduardo, parabéns pelo texto. Também considero as TICs um instrumento importante e muito válido na busca pela diversificação dos modos de aprendizagem, sem dúvida se bem empregadas apresentam excelentes êxitos. Gostaria de saber quais iniciativas de uso das TICs em suas aulas foram mais proveitosas, quais as que mais despertam interesse e apresentam bons resultados?

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    1. Geanne, obrigado por interagir comigo. Bondade sua parabenizar-me! :D

      Veja, eu ainda não estou em sala de aula, sou aluno da graduação. Mas tenho percebido em minhas observações e pesquisas que os grupos do facebook são utilizados com sucesso nas aulas de história aqui na minha região. Os pais (mais antenados) até contribuem e acompanham mais de perto as ideias e o aprendizado dos filhos.

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    2. Certo, grata pela informação. O uso das redes sociais é um caso a se considerar por aqui, quem sabe não aderimos também.

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    3. Desde já desejo sorte e sucesso!

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  5. Olá Eduardo!
    Concordo que o uso das TIC's possibilita uma aula mais dinâmica e atrativa, no entanto a realidade de muitas escolas públicas, principalmente de regiões interioranas, é precária. Estas não dispõem de recursos tecnológicos e muito menos de infraestrutura para usá-los. Então como acompanhar toda essa evolução tecnológica presente nos centros urbanos?

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    1. Concordo com você Marcia.

      Realmente o acesso às tecnologias para quem mora no interior dos municípios brasileiros é bem mais complicado.

      Nesse caso cabe uma luta de cunho sociopolítico para implantação, implementação e/ou melhoria de canais e equipamentos que possibilitem às camadas mais periféricas e abandonadas - pelo poder público - do interior terem acesso a esses bens tecnológicos. No mais, usar a criatividade para desenvolver outros tipos de tecnologias, a exemplo da confecção de fanzines.

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  6. Ana Cristina Cavalcante da Silva6 de abril de 2017 às 13:19

    A utilização da linguagem digital permitiu a ampliação do poder de comunicação ao trabalhar, além de textos com imagens, infográficos, links e vídeos que ampliavam o acesso aos conteúdos trabalhados pelo professor. Diante disso, o uso das novas mídias digitais já é bem aceito por professores, alunos e gestão escolar?

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    1. Penso que não viu Ana.

      A escola ainda teima em se estruturar dentro dos moldes do século 19. Os professores - não todos - pararam no século 20 e os alunos (em alguns lugares) parecem estar vivendo no século 22 (risos). É uma disparidade desafiadora!

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  7. Em relação ao uso das TICs no Ensino: qual a sua opinião sobre o potencial pedagógico do uso de Aplicativos Educacionais para smartphones e tablets em sala de aula e para aprofundamento individual dos estudos por parte do aluno?

    Att.,
    Giselli Mocelin Martins

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  8. Giselli,

    Eu digo no texto que "As Tecnologias da Informação e Comunicação (...) provocam transformações na coletividade e como consequência, “a transformação geral da sociedade repercute, sim, na educação, nas escolas, no trabalho dos professores” (LIBÂNEO, 2001, p.21 apud MENDES, 2011, p. 14). [...] A interação professor - aluno vem se tornando muito mais dinâmica nos últimos anos. O professor tem deixado de ser um mero transmissor de conhecimentos para ser mais um orientador, um estimulador de todos os processos que levam os alunos a construírem seus conceitos, valores, atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas, como cidadãos e futuros trabalhadores, desempenhando uma influência verdadeiramente construtiva (SANTOS, s/d, s/p".

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  9. Obrigado a todxs pela participação!

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Bom dia!!
    Eduardo acredito que o uso das TCI's em sala de aula é fundamental. Também desenvolvo pesquisas acerca dessa temática. No entanto, o que sempre vejo em discussões é professores se queixando pelo fato de não conseguirem fazer o uso consciente dela durante as aulas. Em minha opinião para que possamos avançar não só em discussões sobre o uso das TCI's, mas também na efetivação do seu uso em sala de aula, nós que pesquisamos essa temática também devemos avançar. Como? pensando e desenvolvendo metodologias e até mesmo software para auxiliar os professores que tem dificuldades trabalhar com este tipo de recurso.

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    1. Excelentes colocações Daniela.

      É exatamente esse o caminho para evoluirmos na questão das TICs em sala de aula. Por gentileza, deixe-me ter acesso às suas pesquisas, indicando algum blog que você possua ou mande suas conclusões escritas para meu e-mail. Desde já agradeço!

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  12. Caro amigos Eduardo, sem duvidas o uso da tecnologia em sala de aula, geram grandes desafios aos professores, mas, sem duvidas, é pertinente o uso da tecnologias como recurso na práticas pedagógicas. Primeiro, o texto no seu primeiro momento, traz uma reflexão de como a cultura que está em constante transformação. Sendo assim, vivemos hoje em uma era contemporânea, que o uso da tecnologia como instrumento pedagógico se faz necessário.. No tanto, acredito, eu, que os professores ao elaborar seus planos de aulas, não pensam neste instrumento como colaboração. Neste sentido, trago uma proposta como contribuição para que hoje os professores comecem a dar ênfase a esse uso, a pensar neste instrumento não como um momento de distração, mas, como um instrumento pedagógico! Parabéns pelo texto, grande abraço.

    IVANILSON MARTINS DOS SANTOS
    Graduando 6º Período em História Licenciatura Plena UFAL, Campus do Sertão. Email: ivanilsonmart@hotmail.com. Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8549230A0

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    1. É sempre bom contar com tão prestigiosa colaboração. O amigo certamente contribuiu e contribuirá de maneira positiva e acertada, seja em discussões como essa ou em discussões informais. Sua dinamicidade e destreza são impecáveis. Ivanilson, obrigado por comentar meu artigo. Abração!

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  13. Boa tarde Eduardo da Silva!
    Parabéns pela reflexão. É inegável a importância das TICs no processo ensino-aprendizagem. Contudo,ainda temos muitos professores nas universidades que insistem em não trazer a discussão a tecnologia enquanto ferramenta que possa auxiliar o professor em sala de aula, ou por negligência ou por falta de conhecimento, acaba que muitos profissionais se formam não tendo a oportunidade de uma discussão mais a fundo, acarretando assim, um professor que dificilmente irá utilizar a tecnologia em suas aulas. Diante disso, como você reflete essa carência de discussões e conhecimento nas universidades?
    att,
    BÁRBARA ROCHA DE MACÊDO

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