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Diego Basto

“PRA QUÊ ESTUDAR O QUE JÁ PASSOU? ”: A PERCEPÇÃO DOS JOVENS SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA
Mnt. Diego Basto dos Santos

Durante a atuação docente no ensino de História, Sociologia e Filosofia, muitos profissionais ouvem de seus alunos a seguinte exclamação: “Pra quê estudar o que já passou? ”. Muitos alunos não compreendem a necessidade da leitura dos fatos passados para melhor compreensão de ocorrências atuais.
Situar o indivíduo no processo de construção histórica dos fatos é tarefa primordial na prática da filosofia e sociologia, que perpassa as principais veredas entrelaçadas pela leitura de realidade historicamente construída. Processo que foi deixado de lado a partir do renascimento, mas tomado para discussão novamente através do conceito de materialismo histórico-dialético de Marx. (NOVELLI E PIRES apud PIRES, 1997, p. 84).
Mesmo que seu discurso se centralize no trabalho, Karl Marx muito contribuiu para se pensar nossa realidade propondo a análise do que se há de concreto partindo de nossa realidade e, quando necessário, relendo as relações historicamente e socialmente construídas para se alcançar a estrutura que fomente nosso objeto de análise. (PIRES, 1997, p.86). Mas por que os jovens não conseguem compreender a disciplina de história sob esta ótica?
A história se tornou disciplina escolar no século XIX, sendo um triunfo positivista que se amparava sob a importância de se estudar sobre as lutas de minha nação para se constituir tal como é e como modelo metodológico para análise e reconstrução da historicidade de seu povo a partir de seus “tesouros arqueológicos”.  Esta proposta europeia foi seguida à risca, no Brasil, desde 1838. Inicialmente os estudos eram feitos por obras francesas, que passavam por traduções quando aqui chegavam, até o ano de 1895 onde a história sofreu organização teórica e metodológica a fim de elucidar os jovens acerca dos principais momentos da história humana. O ponto comum entre todo o período é a proposta ideológica encontrada por detrás do ensino sobre as diversas civilizações existentes. (NADAI, 1992, p.145-148).
Pansarelli e Pansarelli (2010, p.284) aponta que a História, desde seu início como disciplina escolar, foi pensada pelos vitoriosos e dominadores. Isto nos faz compreender que o estudo desta disciplina sempre pôde ter sido direcionado para se entender os fatos sob a ótica de um ator social. Este pode ser considerado um dos pontos de relevância para se entender a aversão dos jovens ao estudo de história. Além disso, a rigidez e método com que os estudos são realizados retiram da disciplina sua potência questionadora e reflexiva. Isso é percebido desde as primeiras classes ministradas em nome da História Nacional, onde não se ensinava sobre a origem de nossa cultura, do povo que aqui já vivia nem sobre os oprimidos do período de colonização.
No Brasil, esta prática se tornou muito mais marcante no período denominado Ditadura Militar onde, no ano de 1969, Médici reformulou o ensino de história para que esta se moldasse a proposta dogmática mais conveniente:
“Art. 3º
Fomente em cada uma das Repúblicas Americanas o ensino de história das demais;
Procure que os programas de ensino e os textos de história não contenham apreciações hostis para outros Países ou erros que tenham sido evidenciados pela crítica;
Não julguem com ódio, ou se adulterem os feitos na narração de guerras ou batalhas cujo resultado haja sido adverso e destaque tudo quanto possa contribuir construtivamente à inteligência e cooperação dos países americanos.” (BRASIL. Decreto n.65.814. 1969)
            Na década de 70, quando ocorrera a primeira reforma do ensino médio, as disciplinas passaram a serem pensadas como instrumentos para preparação do indivíduo a sua realidade, ou seja, mercado de trabalho e vida em sociedade. Nesta época os estudos sociais (história, sociologia, filosofia, geografia, economia e antropologia) passaram a dividir espaço com Educação Moral e Cívica e OSPB (Organização Social e Política do Brasil), que visavam a preservação de valores nacionais, culto a pátria, preparo do cidadão e a importância da obediência as leis. (SÁ, 2006, p. 63-66).
Nos anos 80 a história foi criticada e citada para possível mudança em seu conteúdo, porém, a mídia tratava este movimento como sendo de motivação “esquerdista”, cheia de ideários revolucionistas. Até os presentes dias de 2017, a história é proposta como disciplina para discussão crítica da realidade do aluno, levando em consideração as contribuições dadas pelos professores. As propostas de aula podem fugir da rigidez e formatação tradicional dos planos de aula. Porém, muitos problemas ainda abrangem o modelo ideal de aula. (SÁ, 2006, p. 71-76).
Com o breve recorrido realizado e um pouco de experiência docente, possível em período de estágio, futuros e já atuantes profissionais da educação podem perceber a dificuldade em se adequar a exigência proveniente dos pais de aluno e deles próprios que vivenciam a rotina escolar diariamente, os discentes. A sala de aula atual se tornou espaço onde o professor compete atenção com o aluno que deseja as melhores oportunidades de ensino superior, os que buscam suporte humanitário para as demandas sociais não atendidas em sua própria casa e aqueles que se encontram em dilemas “sócio existenciais” que não os permitem saber o que fazem em sala de aula.
A corriqueira frase “pra quê estudar o que já passou?” ou “isso não serve de nada na minha vida!” apontam a necessidade de se repensar a educação por completo. Propor a educação como fio condutor para o ato de se pensar a sociedade e nossas experiências em meio a ela. As disciplinas merecem atenção especial por parte de seus principais envolvidos, alunos e professores. A mera repetição de conteúdos para sua abstração e uso em atividades avaliativas pontuais, torna o ensino mera proposta pensada para o ser social na sociedade.
O ensino de história necessita ser passado não aos moldes de monomitos que elucidam o herói dentro de cada um de nós, inseridos na realidade paralela ao de todos os outros. Temos que conhecer a historicidade presente no momento atual que vivemos, levando em conta seus aspectos negativos e positivos, para que possamos instigar nos jovens o espirito participativo e motivado para as práticas de transformação social e compreensão [real] de nosso papel no processo de mudança e de manutenção das propostas de estado.   

Referências
NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História, São Paulo, v.13, n.25, p.143-162, set. 1992.
PANSARELLI, Daniel; PANSARELLI, Michelle Larissa Gandolfo. História, Currículo e Ideologia: Considerações acerca do desenvolvimento do componente curricular História na educação básica brasileira. Educação & Linguagem, v.13, n.22, p.277-292, jul.-dez. 2010.
PIRES, Marília Freitas de Campos. O materialismo histórico-dialético e a Educação. Interfaces: Comunicação, Saúde e Educação, v. 1, n.1, p. 83-92, ago. 1997.
SÁ, Patrícia Teixeira de. A socialização profissional de professores de história de duas gerações: os anos de 1970 e de 2000. Rio de Janeiro: PUC, Departamento de Educação, 2006.   

  

30 comentários:

  1. Excelente texto!
    O ensino em geral precisa de uma reforma, mas não esta que vem acontecendo, já que infelizmente só vai aumentar o desinteresse já existente pela disciplina de história.

    Greiciane Farias da Silva

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  2. Leonildo de Oliveira Gonçalves3 de abril de 2017 às 15:57

    Boa noite. A história se tornou disciplina escolar no século XX...Em plena ditadura militar, 1969 Médici reformulou o ensino de história para que essa se MOLDASSE a proposta dogmatica mais convincente. Fiquei a pensar sobre a liberdade de expressar os contextos históricos brasileiro de formas coercitivas militarizada no sistema de ensino de história. Atualmente, tem como consertar o que foi ensinado com essa modalidade??

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  4. Boa noite! Inicio parabenizando Vossa Senhoria pelo excelente texto. Por oportuno, na sua percepção, existe importância no ensino da História Regional nas escolas? Será que ao analisarmos com os alunos os contextos históricos regionais estes não despertariam maiores interesses?
    Agradeço pela colaboração.

    Maikel Gustavo Schneider

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  5. Ótimo texto, parabéns! Bom sabemos que muitos alunos não possui interesse em estudar história por acharem que o passado esteja muito distante, é de que não há a necessidade em estuda-ló como fazer para que esse mesmo aluno se interesse e passe a ver a historia como parte do processo que o cerca?

    Beatriz Francisca de Lima.

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  6. Bom dia,o texto é maravilhoso abre para vários debates em relação ao ensino de História. Como superar os desafios de ensinar História principalmente diante da reforma do ensino médio?

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  7. Boa tarde, parabéns pelo texto.
    De fato o ensino de História por muito tempo esteve sujeito aos interesses políticos, afinal a construção histórica da realidade sempre foi utilizada como instrumento de dominação e opressão pela elite. Apesar de certa liberdade ideológica, como professor de História, principalmente do ensino privado, me vejo "preso" aos conteúdos das apostilas e livros didáticos, impossibilitando maior contato com a realidade social dos alunos. Muitas vezes percebo que a aula considerada boa é a que "vomitamos" os conteúdos e não a que levamos os discentes à reflexão. Minha pergunta, apenas para a reflexão é, como trazer um ensino de História interessante e crítico para os alunos, sendo que o que os vestibulares, de maneira geral, pedem são conceitos pré-estabelecidos, conhecimentos históricos acabados e o domínio de uma série de acontecimentos e suas datas?

    SAULO HENRIQUE JUSTINIANO SILVA

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  8. Olá Diego. Inicialmente te parabenizo pelo artigo. Engraçado como passam-se anos e ainda ouvimos dos estudantes o Para que estudar o que já passou? Achei muito bacana as indagações que você traz e a amplitude que propõe para o ensinar história. Sucesso em sua caminhada.


    Ary Albuquerque

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  9. Prezado Diego Basto, saudações.
    O desinteresse de grande parcela dos estudantes nas disciplinas de ciências humanas é realmente preocupante. Gostaria de saber quais estratégias o professor(a) deve utilizar para exemplificar aos alunos a importância das ciências humanas, em especial a história, na vida cotidiana.

    Cláudio Reginaldo Quintino de Miranda

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  10. Reflexão muito pertinente. Diante da situação que vive nosso país, ouve-se muito que: "é preciso estudar história", como se o simples conhecimento dos fatos passados pudesse condicionar as ações do presente e do futuro.
    Minha questão é: quais as possibilidades de trabalhar, com os alunos, o raciocínio histórico e não só os fatos históricos, para que os alunos possam analisar por sua própria conta os fatos do presente?
    Carlos César Bento Filho

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  11. Boa tarde, Diego gostei bastante do seu texto, porém me surgiu uma indagação. Como você faz para responder a pergunta que é título do seu texto? E também como fazer na prática que essa pergunta deixe de aparecer nas aulas de História?

    Att., Zaqueu Abreu Reis

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  12. Boa tarde, Diego. Penso que a história se encontra em constate reflexão sobre a sua utilidade. Hoje, com tantos retrocessos na educação brasileira,se faz urgente uma reflexão sobre a importância/utilidade da disciplina no contexto atual, para que possamos dialogar com xs alunxs/sociedade.
    Grata,
    LÍVIA CAROLINE ALVES.

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  15. Oi, parabéns pelo seu trabalho. Excelente texto!
    Tenho uma pauta e gostaria de saber seu ponto de vista.
    Em meio a atual conjuntur que estamos passando, nos setores econômico, político e educacional, quais meios você concorda que possamos seguir para despertar o gosto do alunado pela disciplina de História, uma vez que esta corre grande risco de ser extinta dos currículos escolares ?
    Aline da Rocha Coutinho

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  16. Excelente texto e tema para um seminário!!!Pergunto, a falta de envolvimento do próprio professor de história nao é um grande desmotivador dos alunos? Infelizmente muitos professores são apenas repetidores do que se encontra nos livros.
    Raquel de Souza Martins Lima

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  17. Olá Diego, primeiramente venho parabenizá-lo pelo artigo, muito bem elaborado, acho válido o questionamento pois o ensino de história é muito importante para gerar um cidadão ativo criticamente em sociedade, o meu questionamento é a respeito dos currículos e materiais ditados pré estabelecidos para o uso no cotidiano escolar, como superar o "marasmo" das matérias que focam os feitos dos homens no tempo e muitas vezes somente contam a história superficial, como abordar criticamente certo período histórico sem um conhecimento prévio dos alunos nas questões políticas tanto da época estudada quanto do período atual?
    Acredito que a deficiência em ensinar as teorias políticas existentes através da história são o maior obstáculo na conquista da valorização do ensino da história mundial, no Brasil e gostaria de saber o seu ponto de vista.
    Att. Beatriz Prometi.

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  18. Particularmente acho que o estudo de História é fundamental ,sem o qual é impossível nos posicionarmos para a realidade atual e poder transformá-la .
    Mas existe pelos alunos em sua grande maioria está falta de interesse pois acham chato e cansativo.
    Será que se ouvesse a possibilidade de mudar a metedologia de ensinar não ficaria mais prazeroso o estudo ?

    Rosane Crema Sousa

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  19. Boa tarde!
    Material excelente!

    Acredito sim que o estudo de/da História é de grande importância para todos, o problema é de como ela é apresentada. Nos dias atuais a história que os jovens querem saber é apenas da vidas dos outros através de redes sociais, o prazer de conhecer suas raízes, cultura e até mesmo a herança que nos foi dada e será perpetuada por muito tempo não é levado em conta. Precisamos melhorar nossos livros (colégio) e nossa didática para que este mundo possa ser aberto, respeitado e difundido.
    Obrigado
    Jônatas Fernandes Pereira

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  20. Muito interessante, parabéns pelo texto...

    Seria possível auxiliar os jovens em sua percepção sobre o ensino de história utilizando-se de diversificados documentos históricos? Estes mesmos poderiam criar um laço, uma intimidade e representatividade maior, que de certa forma colaboraria na percepção do passado por parte dos alunos?

    Muito obrigado pela atenção, abraço.

    Rafael Marcelino Tayar

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  21. Boa noite Diego! Gostei muito do seu texto. De acordo com o titulo PRA QUÊ ESTUDAR O QUE JÁ PASSOU? A PERCEPÇÃO DOS JOVENS SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA.O que deve balizar a escolha?

    Maria Michele da Silva Sousa

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  22. Primeiramente parabéns pelo trabalho excelentíssimo. A discussão aqui levantada faz parte do cotidiano dos educadores em questão. Existe de fato essa reflexão, e não só por jovens, pois parece que a nova reforma educacional também esqueceu a importancia do ensino de história, filosofia e sociologia e vem colocando elas pra escanteio na vida de muitos alunos. Na sua opinião, com essas atitudes recentes, o governo reforçou ainda mais essa perspectiva, pois deixou os alunos com o direito de escolha opcional? Qual sua opinião sobre isso? Obrigado.

    John Lennon Lima e Silva

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  23. Bom dia,o texto é maravilhoso abre para vários debates em relação ao ensino de História. Como superar os desafios de ensinar História principalmente diante da reforma do ensino médio?
    ass. Jaqueliny Velozo

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  24. Parabéns pelo trabalho, de fato já ouvi muito essas frases de alunos, que não compreendiam por que estudar o passado, na sua opinião de que forma o professor deve trabalhar essa conscientização de que a história não é somente o estudo do passado? quais são os meios que ele deve utilizar para que haja uma melhor compreensão do aluno.
    Obrigado

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  25. muito bom! Tendo em vista uma disciplina engessada como a História, quais elementos podemos trazer do cotidiano para inovar o ensino de história no Brasil?

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  26. muito bom! Tendo em vista uma disciplina engessada como a História, quais elementos podemos trazer do cotidiano para inovar o ensino de história no Brasil?

    Leones Carlos Pereira

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  27. Jéssica Oshiro

    Excelente texto! A pergunta que dá nome ao título, infelizmente é recorrente entre nossos alunos. Nada mais justo do "nos armar" para responder respostas desses calibre. Que certamente não pode ser enganada. Também acredito que o interesse em se estudar história pode ser despertado em nossos alunos através da História Nacional, da História do Nosso Brasil. Como podemos fazer essa ponte entre história do Brasil e História Geral? Como despertar esse interesse nos alunos?

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  28. Jéssica Oshiro

    Excelente texto! A pergunta que dá nome ao título, infelizmente é recorrente entre nossos alunos. Nada mais justo do "nos armar" para responder respostas desses calibre. Que certamente não pode ser enganada. Também acredito que o interesse em se estudar história pode ser despertado em nossos alunos através da História Nacional, da História do Nosso Brasil. Como podemos fazer essa ponte entre história do Brasil e História Geral? Como despertar esse interesse nos alunos?

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  29. Boa Noite Professor, antes da pergunta em si, gostaria de enaltecer seu poder de síntese, conseguiu ser ricamente objetivo e lucido acerca da discussão pretendida, parabéns. Agora, a pergunta, a partir do pressuposto da dúvida da qual você desenvolve sua argumentação do, "porque estudar algo que já passou", a necessidade do historiador e do professor de história de estar sempre respondendo e justificando este questionamento, tem sua gênese no desencontro dos diálogos entre a área do ensino de história, tanto na Educação básica quanto Superior? O cenário atual tanto na educação básica com as linguagens de ensino e práticas que estão engessadas em manuais e currículos que não concedem a liberdade total ao dialogo e as práticas de uma possível renovação, e nos meios acadêmicos que por muitas vezes acabam relegando e negligenciando a área do ensino dentro da área de história em detrimento da permanência de um paradigma tradicionalista do ensino superior no Brasil, esse quadro atual contribui também para o agravamento dessa questão?
    Muito Obrigado!
    Gustavo Simonetti Alves Pedroso

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  30. Olá, é bem verdade esse desinteresse por parte dos alunos pela disciplina, verdade também que principalmente na Universidade aprendemos que os professores de História devem desconstruir esse ensino tradicional e devendo implantar novas estratégias para atrair o alunado à discussão e a reflexão em sala e não a leitura e decoração de acontecimentos e datas, porém quando nos deparamos com a sala de aula nos inserimos em uma dura realidade: escolas sem estrutura ou/e materiais para nossas aulas, alunos difíceis,desatentos, desinteressados e algumas vezes uma coordenação que da pouca importância a essa disciplina colocando-a em segundo plano enquanto fornece todo apoio a professores de disciplinas tidas como "mais importantes" como português e matemática, estas que são privilegiados até pelo número de aulas semanais, em um contexto complexo como o atual onde pessoas vão as ruas com cartazes pedindo a volta da ditadura militar já sofremos as consequências do menosprezo a essa ciência que nos é tão cara... Gostaria de perguntar que mecanismos nós professores de História podemos utilizar para apesar de todos percalços conseguirmos fazer com que os alunos realmente tenham interesse real nesse aprendizado?
    Ass: Ana Maria Oliveira Silva

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