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Deibson Joaquim

ENSINO DE HISTÓRIA E PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA: UMA EXPERIÊNCIA DIDÁTICA USANDO CELULARES
Deibson Joaquim dos Santos
UFRPE

Introdução
A utilização das novas tecnologias da informação e comunicação (NTICs) nos ambientes escolares tem motivado muitas querelas entre os educadores (as) nas semanas de planejamento pedagógico. As discussões versam sobre os métodos para a utilização das ferramentas tecnológicas nas salas de aula, como também, a permissividade no ambiente escolar.
Sabemos que tais ferramentas estão ocupando cada vez mais espaços nos ambientes educativos, na condição que futuramente a maior parte das atividades realizadas dependerá da utilização das NTICs. Por isso, se torna emergencial a reinvenção das práticas pedagógicas inserindo as NTICs no âmbito das ações que estimulam os processos de ensino/aprendizagem e a construção do saber histórico.
Para isso, a experimentação dessas ferramentas nas aulas de história, como também, a divulgação das experiências exitosas são fundamentais neste processo. Uma vez que “ao incorporarmos diferentes linguagens no processo de ensino de História, reconhecemos não só a estreita ligação entre os saberes escolares, as culturas escolares e o universo cultural mais amplo, mas também a necessidade de (re)construirmos nossas concepções pedagógicas” (GUIMARÃES, 2012, p. 259).        
Em 2015 apresentamos o projeto “‘Curtas’ história de Direitos humanos e Cidadania” ao Programa Mestre da Educação, da Secretaria de Estado da Educação da Paraíba – SEE/PB: cujo objetivo foi à produção de filmes “curta metragens” com temáticas em direitos humanos.
O projeto foi executado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Gustavo Fernandes de Lima Sobrinho, Bairro do Areal, Mamanguape, Paraíba. Na execução do projeto optamos pela utilização dos celulares como ferramenta didática e a produção cinematográfica na condição de estratégia para o ensino de história.
Com o projeto pretendíamos estimular o respeito à diversidade cultural e sensibilizar os educandos a perceberem em seu dia a dia as situações de violação aos direitos humanos. Além disso, cumprirmos umas das principais funções do ensino de História: “desenvolver nos indivíduos uma criticidade voltada aos problemas sócio-econômicos nacionais, destinada à intervenção e à transformação da realidade brasileira” (SILVA; ALEIXO; ARAÚJO, pag. 05).

O uso dos celulares para o ensino de história
Dentre os vários aplicativos e aparelhos oriundos nas NTICs, o celular é motivador de muitas polêmicas, argumenta-se que seu uso na escola dificulta a aprendizagem, pois alguns aplicativos instalados nos aparelhos celulares retiram à atenção das atividades educativas.
Assim, a utilização do celular e outros aparelhos eletrônicos não são permitidos em algumas escolas, inclusive, estimulando a criação de leis estaduais ou municipais: a Lei 18.118/2014 do Paraná, por exemplo, “Dispõe sobre a proibição do uso de aparelhos/equipamentos eletrônicos em salas de aula para fins não pedagógicos no Estado do Paraná”. Todavia, “é inegável que o uso dos aparelhos celulares hoje é um recurso riquíssimo de informação e mídia que, se bem utilizados no contexto escolar, tornam-se um grande aliado para desenvolver práticas educativas mais atualizadas” (VIVIAN; DEPRÁ, 2012. p. 04).
No caso da produção cinematográfica, há de se dizer que “o cinema detém um enorme poder de produção, de difusão dos valores, ideias, padrões de comportamento e consumo, modos de leitura e compreensão do mundo” (GUIMARÃES, 2012, p. 260). Dessa forma, a produção cinematográfica foi à ferramenta para estimular a pesquisa/aprendizagem em história, como também, mecanismo na aquisição do saber histórico.
A execução do projeto “‘Curtas’ História de Direitos Humanos e Cidadania” aconteceu entre os meses de julho e outubro de 2015 cumprindo algumas etapas: divisão dos temas por turmas; aulas sobre história do cinema; pesquisa e elaboração de roteiros cinematográficos; filmagens e edição de vídeos; mostra cinematográfica.
No conjunto das temáticas sobre direitos humanos separamos quatro temas, pois são as principais violações aos direitos humanos observadas na escola e no Bairro do Areal: Bullying, violência contra a mulher, racismo e tortura (a tortura policial ainda é muito comum na região). Dessa forma, dividimos as turmas por temática: para o sexto ano, bullying; sétimo ano, violência contra a mulher; oitavo ano, racismo; nono ano, tortura.
Nas aulas sobre História do cinema dialogamos sobre o papel do cinema na representação do passado, desconstruindo a concepção que penetra o imaginário dos jovens, que os fatos históricos retratados no cinema são “fatos verdades”, portanto, incontestáveis. Assim, buscamos sensibilizar os jovens quanto à importância dos filmes para a compreensão do passado: Há de se dizer que “a produção fílmica é um recurso para produzir leituras sobre o passado e para construção do saber histórico, desde que se observe que a mesma está sujeita as interferências culturais de uma dada época” (SOUZA; SOARES, 2013, p.03).  Além disso, discutimos sobre a origem do cinema e seu papel cultural ao longo da história, inclusive, sobre a utilização com fins ideológicos durante os regimes autoritários.
 A construção dos roteiros foi fundamental para a aprendizagem em história, uma vez que permitiu aos jovens investigarem as temáticas que resultaria nos curta metragens, possibilitando que eles estabelecessem relações criticas com o ambiente no qual estão inseridos.
Na elaboração dos roteiros os estudantes foram auxiliados (as) pelas professoras das Disciplinas de Português e Artes, estimulando a interdisciplinaridade.
No desenvolvimento dos roteiros os celulares foram utilizados como ferramenta de pesquisa e comunicação, uma vez que criamos grupos nas redes sociais que facilitou a coordenação das atividades e as pesquisas para a construção dos roteiros.
Os roteiros reproduziram cenas do cotidiano dos jovens que interagiram na rememoração do passado. Por exemplo, o sexto ano, com simplicidade e emoção, representou atos violentos em escolas, causados por vitimas de bullying; o sétimo ano demonstrou as condições históricas que motivaram a Lei do Feminicídio; o oitavo ano representou um julgamento de racismo, nos discursos relembraram Zumbi dos Palmares e Martin Luther king; o nono ano inspirou-se na tortura aos presos políticos durante o regime militar e a violência policial para elaborar o roteiro do filme.
Os celulares foram às principais ferramentas para as filmagens e edição dos filmes, porque os aplicativos instalados nos aparelhos facilitaram a criação de efeitos comuns às produções cinematográficas e ajudaram no recorte das cenas. Para isso, foi necessário à utilização de aplicativos como Vídeo Editor Andromedia. Além disso, as encenações para a realização dos filmes contou com a participação da professora da Disciplina de Artes, oferecendo os recursos teóricos necessário à linguagem corporal prevista nos filmes, unindo o lúdico aos processos de ensino/aprendizagem.
A culminância do projeto aconteceu com uma mostra cinematográfica aberta à comunidade, que assistiu aos curtas produzidos pelos estudantes na escola. O evento facilitou na divulgação de políticas publicas voltada a promoção dos direitos humanos, já que os vídeos divulgaram as redes de proteção, assim como, de denúncias das violações aos direitos humanos.
As atividades do projeto permitiram aos jovens relacionarem questões atuais com o passado, fortalecendo o processo cognitivo de pensar historicamente, como também, a promoção do sentido histórico – elemento tão importante para construção da consciência histórica (CERRI, 2011).

Conclusão
Apesar das polêmicas que envolvem a utilização de NTICs no ambiente escolar, o uso dessas ferramentas pode favorecer as práticas pedagógicas e a aquisição do conhecimento histórico: como demonstramos nas ações do projeto “‘Curtas’ História de Direitos Humanos e Cidadania”, onde a utilização didática do celular foi primordial na divulgação das políticas de direitos humanos, através de filmes curtas metragens produzido pelos estudantes. Da mesma forma que a produção cinematográfica foi estratégica para o ensino de História, durante a execução do projeto.
Dessa forma, é preciso que esses aparelhos/aplicativos sejam introduzidos, de fato, na cultura escolar, desde que, na condição de ferramentas didáticas a serviço das práticas pedagógicas. Pois assim, contribuirão na construção dos processos de ensino/aprendizagem, do saber histórico e na efetivação das consciências históricas.

Referências
CERRI, Luis Fernando. Ensino de história e consciência históricas: Implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: FGV, 2011.
GUIMARÃES, Selva. Didática e Prática de Ensino de História: Experiências reflexões e aprendizagens. 13ª ed. Campinas: Papirus, 2012.
PARANÁ. Lei 18.118, de 25 de junho de 2014.
SILVA, Wagner Tavares da; ALEIXO, Ramon Alcântara; ARAÚJO, Patrícia Cristina de Aragão. Aspectos da construção da cidadania no ensino de história: um olhar sobre o ensino médio.  In. XIII Encontro Estadual de História. ANPUH-PB, Guarabira, 2008. 
SOUZA, Polyana Jessica do Carmo de; SOARES, Valter Guimarães. Cinema e ensino de História. In: XXVII Simpósio Nacional de História. Natal, 2013.
VIVIAN, Caroline Deprá; PAULY, Evaldo Luis. O uso do celular como recurso pedagógico na construção de um documentário intitulado: fala sério! Pelotas: Revista Digital da CVA, 2012.

20 comentários:

  1. Gosto te trabalhar com novas tecnologias, principalmente que meus alunos me ajudam, pois sou meio atrasada nestes usos. Noto que uma das grandes dificuldades desta atividade são os meios tecnológicos ultrapassados e o pouco acesso a internet. A fornecida pelo governo é péssima. Muitas vezes precisamos fazer milagres, aí, agradeço a inventividade dos alunos. Existe alguma perspectiva de mudança nestas condições?
    Sandra Márcia Giaretta

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    1. Olá Sandra, Bom Dia, boa noite ou Boa tarde.

      No âmbito do Estado da Paraíba, com relação à infraestrutura de rede, as mudanças são lentas, mesmo nas Escolas Cidadãs e Cidadãs Técnicas, que possuem estrutura com condições melhores, os serviços de internet não satisfazem as necessidades dos alunos.
      Desde o ano passado fui transferido para uma escola técnica estadual com um curso na área de informática. Mesmo sob essas condições, não existe uma estrutura de rede que permita a autonomia aos alunos. A velocidade do serviço não atende a demanda da Escola, tornando o serviço restrito às atividades pedagógicas e administrativas, com exceção no laboratório de informática, local que os alunos podem acessar o serviço de rede. Assim, entendo que a curto ou médio prazo não teremos serviços de internet com qualidade nas escolas, com exceção em algumas regiões.
      Além disso, é preciso que esses serviços sejam popularizados, pois as pequenas e médias cidades sofrem com serviços de péssima qualidade oferecidos pelas operadoras de telefonia, afetando, também a disponibilidade para as escolas.

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  2. Sempre tento utilizar os recursos tecnológicos a meu favor em sala de aula, adorei a ideia trazida pelo artigo, nunca havia pensado em produzir um "curta" com meus alunos.

    Mas fico pensando, e gostaria que opinasse, quais os melhores métodos para se criar um projeto assim? Que tipo de estratégias e materiais teremos que passar para os alunos para realizar essa produção?

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    1. Olá Debora Uchaski, bom dia, boa tarde ou boa noite.
      A apreensão de métodos alternativos para o ensino de história são desafios que enfrentamos nas sala de aula diariamente, sobretudo, com relação ao uso das novas tecnologias da informação e comunicação.
      No projeto, o nosso objetivo era sensibilizar quanto às temáticas em Direitos Humanos. Priorizamos, a partir de pesquisa nos meios de comunicação local, àquelas temáticas que apresentavam maiores índices de violações na região.
      O projeto foi executado em diversas etapas, por isso, trabalhos com diferentes métodos e estratégias de ensino. Dessa forma, as aulas sobre História do cinema foram aulas expositivas com debates, usamos equipamentos de informática, notebook e data show, uma vez que queríamos apresentar a evolução tecnológica do cinema.
      Na elaboração do roteiro, utilizamos a produção textual na condição de instrumento para o ensino de história, mas foram textos teatralizado, para isso, a professora de artes nos forneceu a ferramentas pedagógicas necessárias.
      Além disso, o teatro foi o instrumento metodológico para construir as representações cinematográficas.
      Por outro lado, precisavamos auxiliar os alunos do sexto e sétimo ano nas gravações e edição, para isso, contamos com a colaboração dos alunos do nono ano. Promovendo a interação entre eles. Assim, criamos uma rede que envolveu alunos, professores e a comunidade.
      Quanto aos materiais, apenas celulares foram usados para gravação, na edição usamos o aplicativo Vídeo Editor Andromedia, no caso do nono ano, alguns alunos dominavam o Adobe Primiere e usaram para editar ou criar efeitos. O surpreendente foi perceber o domínio dos educandos com essas tecnologias, praticamente não precisamos ensinar a utilização. Demostrando a importância da inserção das tecnologias da informação e comunicação em sala de aula.

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  3. Olá Deibson,
    Já assistiu ao filme "Narradores de Javé"? Consegue perceber alguma relação entre sua experiência e à das pessoas que aparecem na tela?

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    1. Olá José Maria Neto, bom dia, boa tarde ou boa noite.
      Assisti o filme alguns vezes, utilizo como instrumento didático para explicar o trabalho do historiador aos alunos, sempre que possível. Inclusive já utilizei o filme para trabalhar a ideia de cultura histórica com alunos do 3º do ensino médio.
      Bem, se pensarmos o projeto como instrumento para sensibilizar quanto à importância dos direitos humanos e como ferramenta para a construção de consciências históricas, podemos associar o projeto e o filme. Especialmente, se compreendermos que no filme foi necessário a retirada de direitos para que houvesse a necessidade de apropriação do passado. No nosso caso, a violação dos direitos humanos na comunidade foi a força motriz para realização do projeto.

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  4. Boa noite Deibson

    Meu nome é Fábio Liberato de Faria Tavares e gostaria de saber como exatamente esses vídeos foram produzidos. Houve inserção de animações? Eles estão disponíveis no Youtube?

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    1. Olá Fábio Liberato de Faria Tavares , bom dia, boa tarde ou boa noite.
      Os videos foram filmados as câmeras dos celulares, basicamente, na edição usamos o aplicativo Vídeo Editor Andromedia, no caso do nono ano, alguns alunos dominavam o Adobe Primiere e usaram. Ainda não disponibilizei no youtube, pois estou criando uma página para trocar experiências sobre ensino de história. Embora no facebook exista uma página da escola que disponibilizou parte do material produzido.
      Não houve nenhum filme voltado para animação, mas os filmes produzidos apresentaram efeitos em suas imagens.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Olá Deibson,
    De acordo com o seu relato o projeto incentiva o trabalho interdisciplinar, gostaria de saber se possível observar melhorias no desenvolvimento escolar dos alunos participantes, não apenas em História como nas demais disciplinas envolvidas? O projeto esta disponível em alguma plataforma ou rede?

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    1. Olá Raquel Nasba , bom dia, boa tarde ou boa noite.
      No ano de execução do projeto alguns resultados foram significativos: crescimento do índice no Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba (Avaliando IDEPB) e a aprovação de alunos em seleção de escolas técnicas: a aprovação dos alunos em seleções externas um acontecimento inédito na escola.
      No IDEPB o crescimento foi verificado na disciplina de português, um dos objetivos do projeto. Não queremos associar os resultados exclusivamente a execução do projeto. Mas percebemos sua importância quando comparamos o IDEPB de 2016 com 2015, ano de execução do projeto, verificamos a redução dos índices em 2016 na escola. Outro projeto executado no mesmo período, "Minha escola, Minha família", projeto de intervenção da escola, também contribuiu para os resultados. Assim, entedemos a importância da pedagogia de projetos nas escolas situadas em comunidades que estão em situação de vulnerabilidade social: os resultados são significativos. Sobre o material do Projeto, disponibilizarei em uma página que estou criando.

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  7. Olá Deibson! Parabéns pela sua iniciativa! Gostaria de saber se houve algum tipo de envolvimento por parte das famílias dos alunos e se elas puderam ver os "Curtas", e quais foram as suas reações? Abraço!
    Michell Ribeiro Sobral

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    1. Olá Michell Ribeiro Sobral, bom dia, boa tarde ou boa noite.
      Encerramos o projeto com um Festival Cinematográfico , as famílias receberam convites e participaram do momento, uma vez que era objetivo do projeto receber as famílias na escola, como também, a comunidade . Foi perceptível a comoção com as apresentações dos vídeos, pois diversas cenas representavam o cotidianos das famílias. Inclusive, nas cenas sobre violência contra a mulher, os alunos usaram enredos vivenciados por eles, estimulando a comoção entre as pessoas.
      Além disso, usamos os vídeos para divulgar as redes de proteção às pessoas em situação de violação aos direitos humanos: delegacias e outros órgãos.

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  8. Tudo bom Deibson, aproveitando essa pesquisa e visão que tens deste material, gostaria de sua opinião em relação ao investimento tecnológico (não apenas o aparelho celular) dentro da sala de aula. Pergunto isso, pois vivemos em um tempo que temos dois tipos de professores atuando: os adeptos e os contras à tecnologia.

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    1. Olá Pablo, bom dia, boa tarde ou boa noite.
      Sou adepto a utilização das novas tecnologias da informação e comunicação (NTICs) no ambiente escolar. No projeto, utilizamos o celular devido o acesso, pois mesmo em uma comunidade com altos índices de pessoas em situação de pobreza, os alunos da escola possuem celulares que permitem a execução de trabalhos como este.
      Compreendo que as NTICs ganharão cada vem mais espaço da vida das pessoas, assim, afastá-las do ambiente escolar não é a estratégia adequada, ao contrário, torna-se necessário inserção dessas tecnologias nas escolas, assim como, a reflexão sobre o uso dessas tecnologias para estimular às práticas pedagógicas.

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  9. Olá Pablo, bom dia, boa tarde ou boa noite.
    Sou adepto a utilização das novas tecnologias da informação e comunicação (NTICs) no ambiente escolar. No projeto, utilizamos o celular devido o acesso, pois mesmo em uma comunidade com altos índices de pessoas em situação de pobreza, os alunos da escola possuem celulares que permitem a execução de trabalhos como este.
    Compreendo que as NTICs ganharão cada vem mais espaço da vida das pessoas, assim, afastá-las do ambiente escolar não é a estratégia adequada, ao contrário, torna-se necessário inserção dessas tecnologias nas escolas, assim como, a reflexão sobre o uso dessas tecnologias para estimular às práticas pedagógicas.

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  10. Que trabalho incrível sobre o uso do celular.
    Acredito que as NTICs devem ser incorporadas sim na construção de um ensino de história mais dinâmico. Vocês tiveram algum problema na produção dos vídeos? O processo demorou quanto tempo?! Vocês ou os alunos editaram?
    atenciosamente,
    Rafaela Albergaria Mello

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  11. Bom dia Deibson, parabéns pelo trabalho. Realmente, o uso dos celular está envolto de polêmicas nas escolas. Já me deparei com proibição e liberação do uso. Nos casos onde o uso é permitido, procurei que fossem utilizados como material de acesso a pesquisa, geralmente conceitos utilizados em sala de aula.

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    1. Olá Ismael, bom dia, boa tarde ou boa noite,

      A ideia é romper com métodos tradicionais de uso do celular e outros equipamentos de informática no ambiente escolar. Uma Vez que pensamos esses objetos exclusivamente para realização de pesquisas. O projeto demonstrou como podemos realizar atividades pedagógicas alternativas em sala de aula. Precisamos repensar os uso dessas tecnologias, para que estejam, de fato, à serviço dos processos de ensino/aprendizagem.

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