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Bruno Flávio

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:
PARA QUE SERVE A HISTÓRIA?
UMA PRETENSÃO DE RESPOSTA
Bruno Flávio Lontra Fagundes
Prof. Adj. UNESPAR/Campus de Campo Mourão
Pós-doutorando UFRJ

Há quase 100 anos que ouvimos, nós, profissionais formados em História, e leitores das obras-primas da área, o eco da pergunta fatídica de Marc Bloch: “para que serve a História?”  Curioso é observar que, lá atrás, num contexto terrível, Bloch lançava afirmações como a de que o historiador deve também saber falar aos colegiais/crianças e que a História também podia divertir. Ao conectar história com crianças e diversão, exatamente em que pensava Marc Bloch além do explícito?
É provável que o que tentava dizer não se casava com o que podemos entender, hoje, das afirmações de Bloch se deslocadas para os tempos de agora, pelo menos aqui no Brasil. O ensino de História na escola sofre, já de algum tempo, de duas enfermidades: o de produzir-se num contexto de afastamento da universidade-escola-universidade e o de ter de verificar que os colegiais não se afeiçoam à história ensinada escolar. Registra-se com ênfase: não se afeiçoam à história na escola, embora se afeiçoem bastante à história em espaços e meios extra-escolares! A estimativa é a de que 70% dos colegiais gostam e saciam seus desejos de história por outros meios: filmes, músicas, jogos, televisão, sites e blogs, redes sociais, revistas. Para alguma coisa serve a história, com certeza! Não saber dizer não quer dizer que não sirva. Pode muito bem servir, e ser gostada e querida, mesmo que não saibamos verbalizar isso.
Quando a pergunta nos é lançada, ela muitas vezes nos embaraça, e quando não é lançada, a resposta quase sempre está entre os dentes: “a história forma sujeitos críticos e participativos para transformar a sociedade”. É certo que mais de 90% dos cursos de História brasileiros têm em seus projetos político-pedagógicos essa definição. Consulte os PPPs disponíveis na Web e lá encontrarão aquela resposta quase como um mantra. Ela cabe ainda hoje? É possível pensar um pouco sobre isso aqui, no Brasil, pois não conhecemos PPPs de cursos de História fora do país - entendendo a dificuldade de respondê-la e o automatismo em fazê-lo como está escrito em nossos PPPs.
Vamos pensar nossa dificuldade como resultado de um processo histórico que a tornou difícil, desnaturalizando a ideia de que sua serventia seja, ontologicamente, a de formar para a crítica e a transformação social. “Formar sujeitos críticos para transformar a sociedade”, como querem os PPPs, não é uma retórica tão cristalizada sobre a área, um grilhão que imobiliza pensarmos outros fins para a História e nossos cursos? Se aceitarmos que sim, talvez já possamos começar a responder lembrando do que disse Bloch quando mencionou crianças e diversão, num contexto terrível em que todo conhecimento precisava lutar contra a estupidez humana a que estava Bloch submetido. Seguindo ele,  a história também deve servir para algo que seja atraente, e que não é, ou não se resume, à crítica e à transformação social. Ler os PPPs de cursos de História no Brasil chega a ser angustiante, porque parece que não conseguimos, desde o século XIX, quando a história se tornou conhecimento ensinável, (FURET, 19??) dizer nada mais do que isso. Imobiliza pensar em nada mais. Isso marca nossas iniciativas dentro do cursos e, pior de tudo, a expectativa que a sociedade deposita em nós.
Daí, desses PPPs e do mantra que pregam, surge uma reflexão em última instância derivada do fato de que socialmente ao historiador se associa uma imagem hostil de “crítico chato e impertinente, carregado de uma energia negativa”. Ora, outros campos de formação, assim como ambientes de aprendizado diversos, não são também formativos para aquilo que só se tem a tradição de se atribuir à História conhecimento? Por que só à História cabe carregar esse “fardo” (WHITE, 2001), como se não houvesse mais saídas? A primeira medida do pensamento, aqui, é assumir que a crítica e a transformação social não são privilégios da História e transformar a sociedade não tem de ser, indiscutível e peremptoriamente, atribuição da formação em História. A História não pode dizer às crianças, à diversão? É possível que aqueles que “transformam sociedades” tenham a História no horizonte quando agem, mas há muitas outras razões que agem totalmente alheias a uma formação em História.
Certo mesmo é que a pergunta parece-nos pertinente: por que é a História que deve formar para a crítica e transformação? Por isso teremos um lugar de glória e no panteão dos heróis da vida comum? Hoje, perguntas assim, como a de Bloch há mais de 80 anos, ganham foro de obrigação tentar pelo menos respondê-la, sem se cair no contra-argumento alusivo de que é a História um campo sólido, consolidado de saber – e que não pode ceder espaços para crianças, diversão, atração, corpo, brincadeiras, atividades lúdicas. A curricularização da Extensão, que prevê 10% de todas as matrizes curriculares para atividades extensivas, pode ser uma grande chance para historiadores repensarem o que fazem e como podem se apresentar socialmente com uma atitude menos pretensiosa de transformar a sociedade.
No século XIX foi assim: a História transformou a sociedade, de monarquias para repúblicas, ajudando a formar as sociedades nacionais tão importantes para os Estados Nacionais e construindo os povos homogêneos. Não vivemos mais o século XIX, embora Sarlo (2007) já tenha advertido para mostrar algumas analogias. Que vivemos tempo em que “(...) as operações com a história entraram no mercado simbólico do capitalismo tardio com tanta eficiência como quando foram objeto privilegiado das instituições escolares desde o fim do século XIX”. Estão em questão saberes históricos que existem em espaços de memória extra-escolar, linguagens e narrativas vinculadas à produção, mas também à difusão do saber histórico acadêmico – pari passuaos saberes históricos no espaço escolar. Stephen Bann (1989) sugere uma “visão interdisciplinar da representação histórica”, conclamando que o historiador identifique “os códigos através dos quais a história foi mediada”, procurando evitar o que qualifica como uma “separação definitiva entre o mundo circunscrito do historiador profissional e a generalizada moda de espetáculo na qual todas as formas de representação popular se arriscam a ser assimiladas”. Alerta para a “questão do consumo de massa contemporâneo de ‘história’ pela indústria da herança e outros canais menos respeitáveis”, mas pede cuidados: aconselha “certa cautela ao criticá-lo e satirizá-lo” [o consumo]. O autor dizia isso por volta do final dos anos 1980, presume-se.
Haveria diferenças de realidade e de tempo que inviabilizariam deslocar 1989 e a e a realidade do universo de historiadores anglo-saxões de que trata o autor para o Brasil de agora, quase 30 anos depois? É possível.
Mas também é possível que haja uma diferença que diz respeito a assumir que o debate em torno do tema, agora, é mais do que relevante e, diríamos, cala fundo ao destino profissional que aguarda a todos nós, profissionais formados em História. Referindo-se ao “brilhante” livro de Hobsbawn e Terence-Ranger, a “Invenção das Tradições”, ainda Bann confessa que há ali uma estratégia que diverge da dele, uma vez que a visão de tradição, ali, supõe uma “espécie de falsa consciência”, uma história que “discrimina magistralmente entre o que está certo e o que está errado”. E o que está certo e o que está errado para historiadores profissionais não têm envolvido a aceitação do fato de que o errado ou o certo tem sido consumido como “consumo de massa” alheio aos juízos desse nosso mundo circunscrito. Historiadores parecem mercadores do “certo” e do “errado” num mundo que insiste não os consumir, afinal o certo e o errado não pertencem a alguns sujeitos dizê-los. Nessa perspectiva, Beatriz Sarlo (2007) analisa, hoje, a situação de histórias não-profissionais: vivem de um “mercado de bens simbólicos” em que a história  alcançou um lugar mais importante que a História do século XIX quando esta serviu a interesses dos Estados Nacionais. Mas quem alcança esses espaços, hoje, de História, são produtores de História que não têm formação alguma em cursos de História! São eles é que “fazem a cabeça” de consumidores afobados por história em locais onde historiadores profissionais não penetram – por formação, mas também por índole.
Responder a Bloch, nos dias atuais brasileiros, se seguirmos a linha de raciocínio exposta acima, não pode ser ficar na equação do oito ou oitenta. Só existe um raciocínio dual do tipo?: ou nos preservamos – circunscrevendo-nos aos benefícios de escolhas protegidas pelas obrigações do Estado - ou deixamo-nos consumir - contaminados pelos malefícios de um mercado que vai se apropriar da história e ditar temas e metodologias? Não há mais nada além dessa equação dúbia e excludentemente contrária uma a outra? Não podemos participar de outros espaços e lugares sendo consistentes e ao mesmo tempo dentro de ambientes de diversão, entretenimento lúdico, que sejam de relações ensino-aprendizagem?
A saída pela Extensão, dentro da universidade, é mais do que uma mera alternativa: é uma realidade institucionalizada, a que os historiadores poderiam bem se debruçar e pela qual se empenhar mais. Daí poderiam sair iniciativas que fariam da resposta à pergunta de Bloch algo menos constrangedor e menos glorioso, embora mais prática e, provavelmente, mais ligado a anseios de públicos carentes e desejosos de história, a quem nós não estamos conseguindo responder – por várias razões que deveriam ser temas de grandes discussões dentro da corporação, mas que não são.

Referências Bibliográficas
BANN, Stephen. As invenções da História. Ensaios sobre a representação do passado. SP: Ed.UNESP, 1994. 292 p.
FURET, François. O Nascimento da História. In: ______ . A Oficina da História. [Lisboa?]: Gradiva [19 --]. p. 109 – 135.
HOBSBAWN, Eric; RANGER, Terence. A invenção das tradições. RJ: Paz e Terra, 1984. 316 p.
SARLO, Beatriz. Tempo Passado. Cultura da Memória e Guinada Subjetiva. SP: Cia das Letras; BH: Editora UFMG, 2007. 129 p.

WHITE, Hayden. O Fardo da História. In: ______ . Trópicos do Discurso. Ensaios sobre a crítica da cultura. 2ª ed. SP: EdUSP, 2001. p.39-64.

50 comentários:

  1. Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes3 de abril de 2017 às 05:21

    Olá, bom dia Bruno!
    É preciso considerar que a história que aprendemos na Universidade está totalmente desconexa com a história que ensinamos nas salas de aulas. O mundo acadêmico ainda está muito distante do mundo escolar.
    Outra situação é depositar na história, conforme indica os PPPs, o meio para transformar criticamente o educando para as situações do ambiente social que o mesmo se encontra. Deve-se considerar a importância não só da História, mas também das outras disciplinas escolares para o desenvolvimento do pensamento crítico do aluno. Acredito que está incumbência precisa ser compartilhada.

    Atenciosamente,
    Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes.

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    1. Sim, Bruno, concordo contigo. A pergunta que deve a universidade histórica fazer é se a história que queremos é a história que as crianças querem. Alguém vai dizer que história deve ser sabida, e esse alguém há décadas tem sido a universidade. Não temos de, na escola básica, formar pequenos futuros historiadores.

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  2. Bom dia Bruno,

    Concordo que, atualmente, esta pergunta deva ser respondida de um forma diferente aos estudantes. A resposta deve apresentar o estudo da história como uma disciplina importante e que será útil para o desenvolvimento de um cidadão consciente e crítico da realidade em que se encontra.
    Observa-se uma verdadeira guerra de informações e distrações que geram grandes dificuldades na transmissão de conhecimentos, com isso, para podermos gerar resultados diferentes, precisamos utilizar métodos diferentes de aprendizagem incorporando as novas formas de tecnologia de comunicação.

    Saudações,
    Alberto Ferreira e Souza.

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    1. Alberto, sim, concordo contigo da necessidade de um cidadão crítico e consciente, mas isso também todas as outras matérias não teriam de ser responsáveis? Por que só coube à História, historicamente, essa pesada "função"? Vc falou em tecnologias. Penso que, em si mesmas, como métodos diferentes de aprendizagem, sejam fundamentais, mas dependendo da maneira como a usarmos, ela só repetirá o que já é metodologicamente vencido, criticado e superado. A questão do uso e do não-uso das tecnologias dependem muito mais da ignorância de nós, professores, nem tanto dos alunos. Mas a escola estará preparada para isso?

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  3. Boa tarde,

    Inicialmente, parabéns Bruno pela publicação! Assim como os demais, concordo que muitos programas curriculares nas academias brasileiras andam em desconectadas com a área do ensino, valorizando, portanto, a pesquisa e formação acadêmica. Esta outra visão da História - que também não é dispensável - faz gerar, ao meu ver, uma reprodução de falas que passam desapercebidas pelos alunos da educação básica e isso (repito, ao meu ver), é muito prejudicial na compreensão histórica e na formação do jovem cidadão.

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    1. Inclusive, prof Jefferson, creio que a pesquisa é percebida em nossa tradição universitária, acadêmica, como "pesquisa para": pesquisa para discussão acadêmica, teórica, historiográfica, o que, com certeza, não é interesse dos alunos do ensino básico.

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  4. Oi, Bruno!
    Suas preocupações são muito pertinentes! Gostei muito de seu texto provocador.
    Concordo com Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes que diz que nossos cursos de graduação não articulam teoria e prática, pesquisa e ensino. A própria grade curricular separa as disciplinas "de conteúdo", as "teóricas" e "de ensino", com ose elas não tivessem relação. Em geral, os professores universitários não se sentem como professores, mas apenas como historiadores. Parece que para eles é um mero complemento a questão do magistério. Ainda é considerado uma atividade "mais nobre" ser historiador do que professor. Este historiador que não acha que é professor também, é autorreferente. Pensa em divulgação de seu trabalho e reconhecimento, apenas a partir de seus pares. E os "ímpares"? Para além da universidade, o conhecimento histórico não é divulgado a não ser na escola (e olhe lá...). Por isso que na História Pública aparecem aberrações como defender a Ditadura Militar, por exemplo. Então temos dois problemas: 1) formação do professor de história desarticulada na teoria e prática e 2) historiadores autorreferentes que não se preocupam com a história veiculada na sociedade.Daí concordo com Prof. Jefferson Fernandes e Alberto Ferreira e Souza de que não estamos cumprindo a função de formar o jovem cidadão, aquele que consegue pensar historicamente a sociedade, ou seja, de forma crítica.

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    1. Olá. Márcia, concordo plenamente com vc tanto no aspectos da separação nas grades dos cursos universitários em conteúdo, ensino e teoria que prejudica a formação do aluno, assim como percebo nitidamente q os conteúdos monográficos elaborados por eles (alunos) não chegam a suas comunidades. A História dita oficial ainda é o foco daqueles q estão fora do curso de história. E isso, tudo mesmo com os esforços dos profs para que o graduando pesquise e elabore em cima de temas locais( falo de uma realidade de um curso no interior do estado).

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    2. Márcia, lisonjeado por suas considerações. Costumo dizer a colegas e sempre que devo e seja pertinente, aos alunos: o de que não podemos pensar o pequeno colegial como um historiador futuro na infância, etapa anterior de profissional que vai se tornar depois um historiador. Sim, historiadores profissionais são autorreferentes, a ponto de se acharem em um lugar em que não precisam explicar a ninguém de onde vieram e pra que vieram: eles se autoexplicam. E acabam (acabamos?) fazendo isso: desdenhando de tudo o que é difundido socialmente como história, principalmente quando não for feito por iguais a eles. Li que em outros países, que têm a História Pública no horizonte de expectativas, há cursos - geralmente em nível de pós-graduação - só de história pública. Fico pensando em como fazer isso ou se não é possível que a história pública penetrem em nossos currículos e desenhos institucionais de nossos cursos sem que precisem se separar do que seria uma história não-pública. Os cidadãos que queremos formar (e acho que todas as áreas poderiam assim fazer, por que só cabe a nós essa incumbência gigantesca?)com relação a eles deveria ser nosso postulado o de que já trazem um conhecimento histórico, retirado e retido de vários outros lugares legítimos. Nosso conhecimento de história é um possível entre outros! A história é o mais social dos conhecimentos, porque ele é de todos. Todos estamos no tempo. A ciência histórica, num certo momento, diz: "nós sabemos e os outros não fazem e comigo devem aprender, até mesmo sobre si mesmos". É sempre importante uma história da História

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    3. Márcia e Bruno,
      Há na fala de vocês um fato verdadeiro. Em poucos programas de curso é possível ver essa relação da teoria com a prática. Na grande maioria, os alunos só conhecem a prática da docência quando chegam aos estágios supervisionados, e vão sem o devido preparo. Mas o peso dessa responsabilidade pelo despreparo dos alunos tem outros pontos: 1) Os professores que atuam nas pós-graduações, às vezes esquecem que a base da formação é, AINDA, a graduação. Discutir apenas questões teóricas e conteudistas sem relacionar com a prática é achar que todos serão exclusivamente pesquisadores; 2) Na mesma lógica, esses professores também se preocupam mais com seus Lattes do que as sofridas escritas de um aluno que tenta fazer um TCC; e 3) Na tentativa de salvar os náufragos da licenciatura, muitas vezes as metodologias utilizadas pelos professores das disciplinas da área de Educação, ao invés de ajudar, acabam por afogar de vez a formação do licenciado. Ou seja, há uma conjunção de fatores possíveis para descrever o quase fracasso dos nossos cursos de licenciatura.
      De fato, o que aprendemos, e ensinamos nas universidades, está muito longe de ser aquilo que os meninos e jovens do ensino básico esperam aprender da História. Nossas metodologias e discursos estão muito defasados e não entendemos ainda que o nosso principal concorrente, ou aliado, é a tecnologia. O problema é que estamos percebendo um pouco tarde, e as redes sociais estão fazendo nosso papel, só que de maneira pouco confiável.


      Cláudia Cristina do Lago Borges

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  5. A princípio compactuo das ideias dos demais colegas aqui mencionadas. O ensino nas Universidades hoje, se encontra com muitas diferenças quanto ao ensinado nas escolas. É necessário atentarmos para a abertura do conhecimento acadêmico para o âmbito social e sobretudo das escolas. “Creio eu” que outra possibilidade acerca dessa dilatância, seja os problemas oriundos do próprio sistema educacional, tais como: falta de preparo do profissional, profissionais atuando em áreas de conhecimento divergente e etc. E para além disso, falta o desenvolvimento do que (Rüsen 2001) tanto enfatiza, uma didática da história voltada para a consciência histórica. Parabéns pelo texto Bruno.

    Atenciosamente,
    Mayke Rogerio Ferreira Leite

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    1. Obrigado pelo parabéns Mayke. Hoje sabemos que temos de lidar com a gente mesmo. Começar por assumir isso é um princípio.

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  6. Gostei bastante da leitura do texto sobretudo por sua objetividade e clareza, entretanto o mesmo faz uma proposição somente para as Universidades apontando para desenvolver mais projetos de extensão, entretanto, intriga-me possibilidades para pensar a serventia da história na Educação Básica. O senhor tem contribuições com vistas ao ensino de história na rede pública em nível fundamental e médio?

    Grata,
    Aline Ferreira Antunes

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    1. Prezada Aline, obrigado pelas colocações. Já fui professor de escola básica, pública e privada, e estamos diariamente lidando com pessoas com essa experiência, ouvindo-as e conversando com elas, e muitas vezes as formando. Penso que uma das primeiras atitudes para pensar em contribuições, seja aceitar que temos uma formação que precisa ser revisada. A escola espelha um tanto a universidade, que se organiza conforme o que a escola lhe solicita. O que vivemos hoje é a situação de percebermos que existe uma separação que não deve continuar entre escola e universidade, pesquisa, ensino, graduação, pós-graduação. Começarmos por fazer m história da disciplina História é começar com uma enorme contribuição. Se não mudarmos premissas, vamos repetir sempre o que não desejamos repetir. Então, contribuir, a meu ver, é mudar o paradigma, para que escola e universidade se reaproximem e se troquem, para que uma e outra se calibrem melhor e uma se aproveite da outra. Pessoalmente, tenho textos sobre a história do curso de História da UFPR, porque entendo que começar por verificar como somos formados é básico para nos repensarmos, e verificar isso é ver a história de nossos cursos, como se fizeram separados da escola, ou juntos da escola desde que numa relação de superioridade com ela. E a história do curso de História da UFPR é emblemática nesse sentido. São minhas contribuições Aline. Obrigado

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  7. Boa noite
    O texto trás indagações muito interessante e instigante, pois responder o que é história é um desafio muito grande. Sendo que, o individuo pensa que historia são fatos contados em livros, revistas, jornais, etc. Em parte isso é verdade, mas por tras da historia com datas e nomes também existe um ponto onde tudo teve seu inicio. Porque quando a historia tem uma data ou um nome importante para ser colocado como marco, com certeza teve um anônimo que deu inicio a História. Em meio aos relatos do texto, quais metodos podem ser inseridos dentro da escola para que o Projeto Político Pedagógico seja colocado em prática?
    Grata
    Maria Eridiane de Souza Silva

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    1. Prezada Maria, não tenho fórmulas mágicas para re responder assim, "na bucha". Seria necessária chegar à escola, verificar o que se passa, verificar seu PPP para se chegar a um ponto de partida para uma outra atitude.

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  8. Boa Noite
    O que é passado nas universidades sobre o ensino de História é infelizmente diferente da situação das escolas, da comunidade em que se está inserida a escola e a sociedade como um todo. Aprendemos na teoria que possuímos a capacidade para despertar no aluno o senso critico, porém quando estamos diante da realidade sabemos que somente com o ensino de História não se pode fazer isso.
    A saída seria uma frente ampla das demais áreas do saber somadas com um Projeto Político Pedagógico mais atuante ?

    Atenciosamente,
    João Augusto Sanches Borgato

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    1. Prezado João, não vejo saídas assim de uma vez a ponto de te responder como fazer isso. O que acho importante é que muitos de nós já estejamos atentos a isso: nesse Simpósio há perguntas e provocações desse tipo. Me parece que tem ficado unânime que há um problema de afastamento escola e universidade que deve ser suplantado, aliás porque isso nunca foi assim. Aliás, a história só se torna disciplina acadêmica depois dela ter se tornado disciplina na escola. Escola e universidade já foram bem juntas. Acho que em se mudando as práticas, e, claro, as instituições que regulam as práticas onde se faz ensino-aprendizagem, naturalmente as coisas se textualizariam em PPPs.

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  9. Boa noite Bruno, parabéns pelo seu trabalho, porém, questiono o quanto você acha que essa questão fica mais difícil de ser respondida ao tempo em que a História é cada vez mais desvalorizada pela lógica neoliberal, então, como usar essa pergunta para estimular o ensino de História? Em uma sociedade onde os governantes que são os representantes do povo cada vez mais desvaloriza.

    Desde já, muito obrigado!
    Jeesiel de Souza Temóteo

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    1. Boa noite, Jeesiel, não sei, não sei. Tenho dúvidas se exista alguma lógica, seja liberal, neo-liberal, socialista, comunista, etc. que prescinda da história, tomada como memória. Na lógica neo-liberal talvez seja o caso de se pensar que a História não está sendo desvalorizada, mas sendo deslocada para outros espaços, onde, possivelmente, ela repercuta menos, ou aparentemente menos. Porque não importa se somos desvalorizados, porque a história está em várias partes, aonde não vamos e nem queremos, pretensiosamente chegar, porque achamos que são histórias menores, ruins, erradas etc. O que eu acho é que temos de cada vez mais, aproximarmo-nos dessa história, que seja para criticá-la, porque, talvez fazendo assim, contaremos com a legitimidade daqueles que gostam dessas histórias, e que as recebem acriticamente, até porque, presunçosamente, os profissionais de História que poderiam ir lá e tentar dizer, se afastam.

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  10. Boa Noite, primeiro quero te parabenizar pelo seu texto, gostei das suas inquietações. Infelizmente, vejo que não há uma ligação do ensino de história da universidade para a escola pública, quando chegamos nos bancos da universidade, desconstruímos tudo que aprendemos na escola. Mas, existe um grande problema muitas vezes quem ensina a disciplina não é um professor graduado em História, e quando é não sei porquê que não usa de seus conhecimentos. Sobre o ppp muitos dos docentes não participam da elaboração desse documento e não sabe o que está escrito, não é geral não gosto de generalizar.
    Att,
    Maria Camila Fernandes de Macêdo Silva

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    1. Camila, obrigado pelas colocações. Não sei se um "bom PPP" só resolveria os enormes problemas, acho que, antes de tudo, seria necessária uma mudança de atitude e de postura.

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  12. Olá, parabéns pelo texto! Cabe lembrar que as constantes reformas educacionais, como a controversa reforma do ensino médio que vem sendo proposta pelo atual governo, fazem com que as pressões sobre o ensino se tornem cada vez maiores. Isso porque, como nos informa Silva e Fonseca (2010), há muito a escola se constituiu como um espaço complexo de disputas políticas e intelectuais. Desse modo, para além da sala de aula e pensando no contexto das atuais reformas, como você percebe o ensino de história nos dias de hoje? Qual a sua utilidade?

    Gabriela Alves Monteiro

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    1. Prezada Gabriela, acho que tentei um pouco, senão responder qual é a exata utilidade da história - não sou super-homem para fazer isso, afinal isso implica a todos nós, imersos nesse universo de História - pelo menos pensar no que não podemos continuar fazendo. O que exatamente fazer, não sei, mas acho que começamos a perceber o que não devemos fazer mais.

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  13. Bom dia, interessante o texto para pensarmos um pouco no nosso papel enquanto historiadores, professores de história nessa sociedade mercadológica. Assim pensando sobre esses formatos de tornar a história algo "legal" do ponto de vista do divertimento, gostaria que você opinasse sobre se não seria interessante conciliar esses transmissores de informação que estão aí a todo vapor com o conhecimento científico? E também sobre essas plataformas atuais de possibilidade de ocorrer o aprendizado histórico, como ex.: os blogs, youtube, livros digitais,etc?

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    1. Sandro, acho que "as tecnologias" muito importantes, e acho que elas sozinhas, dependendo de como forem usadas, só repetirão oo velho, o já feito. Concordo contigo nessa história de conciliar transmissores de informação conosco, afinal também somos transmissores de informações. Talvez sejam importante perguntarmo-nos a quem estamos transmitindo nossas informações e de quem recebemos nossas informações, e ampliarmos o leque de para quem informamos e quem recebe o que informamos. Um colega da área fala uma coisa muito legal. O de que fazer história também é comunicar história.

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  14. Boa noite professor Bruno, o texto nos traz uma perspectiva importante e privilegiada das atuais mudanças de rumos que o pensar historiográfico, particularmente no Brasil, tem tomado no que tange ao pensar o Ensino de História.
    É consagrada a distinção entre ensino universitário e ensino escolar - não só no âmbito da História - e, as instituições de ensino por intermédio de seus núcleos de pesquisas e projetos de extensões tem lutado em prol da aproximação destes dois universos distintos do Ensino de História.

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    1. Murilo, pois é. Sim, já entrou para a agenda de discussão do pensar historiográfico dos historiadores o Ensino de História, porta pela qual podemos fazer entrar outra vez a escola em nossa visão, inclusive ampliando a visão sobre o ensino de História - aprendido e ensinado em outros lugares, afinal a História firma memórias e outras lugares também firmam e são produtores de memórias - como os museus, os monumentos, as mídias. São lugares de memória, e a universidade é um desses lugares. O PROFHISTÓRIA é uma baita iniciativa de acadêmicos em História para tentar reaproximarem-se do mundo escolar, onde estão a maior parte dos que vão "passar a história pra frente" e as informações é que a interação entre esses mundos têm sido muito boas dentro do PROFHISTÓRIA.

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  15. Excelente texto, trazendo a principal pergunta que deveria ser feita por qualquer um graduando/graduado em história. Dentro da Universidade percebo esse preciosismo criado em volta da figura de autores tratados como referências, congelando conceitos e impedindo a discussão, a ressignificação no nosso tempo. Ao meu ver, tal prática nos submete ao anacronismo dos conceitos, do nosso próprio fazer. Pensar na realidade brasileira para responder essa pergunta enquanto educadores nesse país me parece óbvio, mas vejo negligenciada nos âmbitos da universidade.
    Outro dia estava refletindo e pensei: Se há um vão entre Teoria e Ensino, é porque o historiador não tem a fome do humano, não fareja a carne humana. É preciso entrar no frenesi da caça.
    Pensando sobre o papel da história, sempre lembro das 12 teses de W. Benjamin. Essa perspectiva, vista como teleológica, da história traz a preocupação da tarefa de um narrador "sucateiro", que resgata e dá ouvidos aos periféricos da história tradicional, ou a história que é lembrada, para "trazer as lutas ao presente".
    Partindo da noção de que a história tal como ela foi jamais retornará, visto que o homem, ser que o historiador deve caçar implacavelmente, é filho de seu tempo, tanto o que age no recorte histórico proposto, tanto quanto o que está no presente se propondo a estudar esse recorte. Então, o que seria trazer essa luta ao presente, senão a ressignificação das lutas no presente? Se a história é campo de conflito de memória, sua finalidade última é permitir que todos possam conflitar.
    Não que busquemos a resposta para o futuro, não, não somos videntes. A finalidade última é permitir não só a presença , mas a participação efetiva de todos.
    E como levar o fruto dessa frenesi do historiador enquanto professor? Já que não postulamos verdades, nem sequer acreditamos em tal conceito superado, o historiador deve assumir a postura de instigador, que traz o conflito de memória para a discussão, que permite o aluno enxergar o potencial da vida enquanto agente histórico de seu tempo. A filosofia aí, a dúvida, deve ser suscitada. Não queiramos chegar com respostas prontas na sala de aula para os tabus, as tensões do conflito, deixemos a dúvida, o espaço de criação do indivíduo, que articulada à visão histórica traz a noção de agente, o que potencializa a tomada de ação.
    Não é a dúvida que faz cair na liquidez, no niilismo negativo que desmotiva a vida. O papel do professor é trazer a dúvida e a problematização guiada, para que o aluno, trazendo toda a sua experiência de mundo, reflita, mas não caia nos anacronismos das analogias ou no etnocentrismo de nossas práticas.

    Tentei ser sucinto, espero ter sido claro.

    Ass. Roberval Nascimento da Silva Júnior

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    1. Prezado Roberval, você mesmo fala de um modo que reforça o que tenho a dizer: a universidade é fundamental nisso tudo, para o bem e para o mal. Para o mal porque se separou e para o bem porque é ela quem, exigindo uma formação balizada, nos dá formação consistente para, em termos razoáveis, podemos mesmo pensar essas questões. Se não tivéssemos uma formação consistente, do ponto de vista mesmo teórico, talvez não conseguíssemos fazer as perguntas que hoje nos colocamos com alguma perspicácia sujeira a críticas e revisões.

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  16. Boa tarde Bruno. Sua afirmação "Daí, desses PPPs e do mantra que pregam, surge uma reflexão em última instância derivada do fato de que socialmente ao historiador se associa uma imagem hostil de “crítico chato e impertinente, carregado de uma energia negativa”" me fez lembrar de um comentário de um antigo professor (infelizmente não consigo me lembrar qual) que dizia que devemos toar cuidado para que uma visão crítica da história não se resuma à "desconstrução", pois isso levaria os alunos a verem a história como uma "coletânea de mentiras" e isso a tornaria desinteressante. Como lidar com a "desconstrução" em história sem perder de vista que no ensino básico estamos "construindo" conhecimentos?

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    1. Rilton, estou aqui pensando no quanto seu professor um dia te disse uma coisa que vou levar pra sempre: " um excesso de visão crítica da História levariam os alunos a verem a história como uma coleção de mentiras". Talvez a primeira mentira é a de que a história mesma seja inquestionável, que não precisamos de rever mesmo a história da História e indagarmos o quanto também ficamos fora do tempo, inatuais, ultrapassados - embora algo esteja aí garantindo nosso passadismo e nossas ilusões de verdade.

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  17. Boa tarde, Parabéns Bruno Flavio.
    Na sua opinião o que é preciso para que o ensino de História na escola seja melhorado, quais pontos nós como profissionais da área podemos melhorar, para que possamos responder Para que serve História?
    Katiane Paula Peixoto.

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    1. Prezada Katiane, na perspectiva que tenho, precisamos - sem querer dar uma resposta pronta e definitiva - professores e historiadores, nos reaproximar, porque essa resposta a essa pergunta só virá no processo de tentar se modificar. E a meu ver mudar um olhar teórico sobre a História poderia ser um bom começo

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  18. Boa noite Bruno Flávio! Eu gostaria de saber sua opinião sobre o PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência), que leva o futuro professor a ter um contato mais próximo com seu campo de trabalho, bem como de discussões como a apontada no texto! Você acredita que uma maior aproximação da Escola com o âmbito acadêmico possa esclarecer melhor a questão proposta por Bloch?



    Reinaldo Glusczka

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    1. Reinaldo, creio que a aproximação da escola ao acadêmico é fundamental, e o contrário também. Ambos têm de se querer, acreditar que um tem muitas coisas que o outro não tem. Sobre o PIBID é um programa que favorece o aluno do curso ir logo à escola, e a meu ver é importante, porque permite experimentar outros formatos educativos, de relação ensino-aprendizagem, embora sejam formatos que tenham de se ajustar à instituição escolar, velha em muitas coisas.

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  19. Boa Noite, parabéns pela qualidade do texto apresentado. Sabemos que responder "para que serve História " tem ficado com o passar dos anos mais complexo, e com um olhar cada vez mais crítico por parte de quem pergunta é até mesmo de quem responde. Com o uso da internet e redes sociais "todos" passaram a se sentir historiadores, informações em quantidade e sem fundamento e ou embasamento sobre determinado assunto ou fato histórico; esses ditos historiadores deleitam sobre o senso comum e trazem várias pessoas juntas com opiniões que em muitas das vezes distorcem e descredenciam o sentido da disciplina. Saímos da faculdade para lecionar, carregado de um conhecimento técnico muitas vezes defendendo correntes historiográficas aprendidas e fixadas por alguns professores, trazendo para muitos de nós a fama de chato, revolucionário, militante de esquerda, socialista... Etc. Os estágios em sala de aula que fazemos durante o curso de licenciatura não deveria ser maior e melhor acompanhado pelas faculdades e universidades para responder e viver melhor uma realidade escolar da disciplina para que não só tenhamos o "MANTRA" como resposta ?
    Att.Alexandre Santos Sturt Costa

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  20. Alexandre, independente da questão de fundo, penso que estágios melhores sempre são melhores, mas esses fatores de estágio são bem variáveis com as realidades de cada estágio. Acredito que estágios, graduação, pós-graduação, extensão, ensino, se cada um trabalhar sozinho, tudo será pior, e sempre trará sensação de fraqueza. Não sou da ideia de que estágio será melhor se melhor "acompanhado", se vc entende por isso o "olhar de um orientador", em sala de aula, que depois se aproxima do estagiário e o corrige no "jeito certo". Entendo que cada um encontra depois seu jeito, seu modo de fazer. Mas, o mais fundamental de um estágio que considere "bom" é trabalhar não sobre a vigilância e o acompanhamento só, mas articulado a outros setores dos cursos para que seja percebido integradamente: integrando prática/teoria, ensino/pesquisa, graduação/pós-graduação. Só assim um estágio seria melhor. Porque na realidade do trabalho a lógica que integra ensino, pesquisa e extensão andam juntas e não separadas, como existe na universidade.

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    1. Em meio aos relatos do texto, quais metodos podem ser inseridos dentro da escola para que o Projeto Político Pedagógico seja colocado em prática? luzia ferreira pereira

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  21. Boa tarde!o texto é muito importante e privilegiado das mudanças atuais como rumo que pensamos da historiográfica pois é um texto q apresentar um estudo importante e que é ultil para o desenvolvimento de nos cidadão.sendo que o indivíduo que somos os pensa que ahistoria são gatos contados em livros,jornais,etctem partes é verdademas por outra não por trás da história com datas e nomes Tambem.com relato o com o texto como podemos levar esse novo ensino de história até nosso alunos?

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  22. Boa tarde!o texto é muito importante e privilegiado das mudanças atuais como rumo que pensamos da historiográfica pois é um texto q apresentar um estudo importante e que é ultil para o desenvolvimento de nos cidadão.sendo que o indivíduo que somos os pensa que ahistoria são gatos contados em livros,jornais,etctem partes é verdademas por outra não por trás da história com datas e nomes Tambem.com relato o com o texto como podemos levar esse novo ensino de história até nosso alunos?

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  23. Boa tarde professor Bruno.
    Muito interessante o artigo e bem atual!
    Realmente, a primeira indagação resume bem a realidade que vivemos no ensino básico: "O ensino de História na escola sofre, já de algum tempo, de duas enfermidades: o de produzir-se num contexto de afastamento da universidade-escola-universidade e o de ter de verificar que os colegiais não se afeiçoam à história ensinada escolar".
    Ao pensar dentro do contexto de sala de aula, apenas reproduzimos a história e isso não é pela falta de capacidade de estudantes ou professores, mas sim, pelo planejamento anual que nos é imposto. Temos que fazer aquilo, provas, trabalhos. Pensar que a carga horária de história, no ensino fundamental, são de duas à três aulas semanas e no ensino médio são duas, ficamos atados.
    Como o professor salientou, projetos de extensão tornnam-se cruciais dentro do processo de construção do saber histórico. Aqui em Rolândia, tem um colégio que trabalha em conjunto com a UEL, onde os alunos são incentivados a produzirem (neste caso, ensino médio) e ao final apresentam-se lá na universidade.
    Concordo com o professor quanto a extensão ser uma realidade, ´so penso que deve ser melhor aproveitada, assim diminuiremos o abismo entre escola e universidade.
    Ao citar que 70% dos estudantes procuram em fontes alternativas saciar a curiosidade histórica, será que a falta de interesse de muitos é justamente que várias informações que encontram são divergentes às debatidas em sala de aula? (lógico há outros fatores, especialmente estruturais) Dai soma-se a discursos de doutrinação e etc e indiretamente acaba incorporantando esse habito.
    Questiono porque já me ocorreu algumas vezes de trazerem tais fontes (especialmente blogs e youtubers) e se negarem ao debate e levarem aquilo como verdade acabada.
    E devemos repensar os rumos da historiografia nos proximos anos.
    Parabéns pelo artigo
    att

    Renato César Ferreira

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  24. A história serve para compreender os acontecimentos relacionados a humanidade como classe social, analisando os fatos e vestígios da ação do homem no tempo e suas transformações em cada época.

    MARCELO DIAS BEZERRA

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    1. luzia ferreira pereira7 de abril de 2017 às 09:24

      Boa tarde concordo com voce Marcelo. Historia é a ciencia que estuda a ação do homem no tempo. luzia ferreira pereira

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  25. Este comentário foi removido pelo autor.

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  26. Boa tarde, Prof Bruno.
    Parabéns pelo texto.
    Entendo que, no âmbito da formação escolar, a História não seja a única disciplina a possibilitar a construção do pensamento crítico e transformador. Entendo que as disciplinas, em seu conjunto, e cada uma com sua especificidade, contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico e analítico. A História cumpre um papael importante, com suas especificidades, mas não é a única. Da mesma forma que Língua Portuguesa, sozinha, não consegue transformar nossos jovens em leitores que de fato, entendem o que leram. Você concorda com esse posicionamento? Desde já agradeço. Um abraço. Ivete Batista da Silva Almeida.

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  27. Boa tarde, Bruno. Gostei de sua pesquisa porque a trata de uma maneira clara e objetiva para o dia a dia do professor de História. A minha pergunta é: você acredita que apesar dessa necessidade do ensino lúdico nas escolas, também temos que mostrar aos nossos alunos a realidade de que o estudo científico demanda esforço e força de vontade? Que nem sempre o estudo histórico será algo divertido e sim trabalhoso?

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  28. Nayara Silva dos Santos
    Boa noite!
    O tema proposto logo de início já é bem impactante e creio que a "resposta" para isso esta no dia a dia do estudar a história, de como ver a história, de como ler a história e etc, afinal, a mesma está em constantes transformações e provável que não tem um "para que serve" mas "porque serve"

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  29. Muito legal!!! Parabéns. Agora, diante das mudanças que estão acontecendo atualmente principalmente com a reforma do ensino médio, como você pensa o futuro do professor de história e qual caminho da disciplina história.

    Marlon Barcelos Ferreira

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