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Amanda Cristina

ENSINO DE HISTÓRIA E TURISMO CULTURAL: AS POSSIBILIDADES DE EDUCAÇÃO EM AMBIENTES NÃO FORMAIS DE APRENDIZAGEM
Amanda Cristina dos Santos Costa Alves
Mnt. História FURG

Introdução
O presente artigo busca-se discutir as possibilidades do Ensino de História e do Turismo Cultural nos ambientes não formais, valendo-se como referência o Parque Estadual do Guartelá, localizado no município de Tibagi- Paraná. O parque foi criado no ano de 1992, é classificado como sendo uma Unidade de Conservação, e tem como propósito preservar a riqueza natural, biológica, arqueológica, histórica e geográfica do local. (IAP, 2002).
O Parque tratar-se de uma reserva de Unidade de Conservação, ou seja, uma área protegida, que tem a necessidade de preservar e conservar o meio em que se insere. Logo é um espaço de incentivo e propulsor para o ensino de história não formal, avivando as ações educativas de ensino-aprendizagem, que propicia a compreensão da salvaguarda e do acondicionamento do patrimônio histórico-cultural e social.
O Ensino de História e o Turismo Cultural relacionados tem a necessidade de pensar o parque como um ambiente de educação não formal, como tantos outros espaços educativos fora da sala de aula, desenvolvendo ações de cunho educacional.
Diante disso, é considerável pontuar a relevância frente aos espaços não formais, contribuindo nas ações que tencionam as atividades turísticas e educativas do local, que enseja a visitação do turista, uma vez que gera a oportunidade de ter contato com o patrimônio cultural. Ou seja, a importância do patrimônio para a concepção histórica. Segundo Prats (1998, p.63), o patrimônio cultural pode ser entendido como “todo aquello que socialmente se considera digno de conservación independientemente de su interes utilitário”.
Por conseguinte, faz-se necessário assinalar a associação do patrimônio à comunidade, a importância que o parque exerce frente ao turista enquanto processo impulsor para o Ensino de História e para o Turismo Cultural.

Espaços não formais de aprendizagem
A Educação não formal caracteriza por ser uma educação que atua fora dos âmbitos escolares, promove ações em ambientes motores como museus, parques, pontos turísticos, praças, cidades, dentre outros, que dispõem de um perfil cultural, histórico e artístico. Segundo Gohn (2014):
“A educação não formal é aquela que se aprende "no mundo da vida", via os processos de compartilhamento de experiências, principalmente em espaços e ações coletivos cotidianas. Nossa concepção de educação não formal articula-se ao campo da educação cidadã – a qual no contexto escolar pressupõe a democratização da gestão e do acesso à escola, assim como a democratização do conhecimento. Na educação não formal, essa educação volta-se para a formação de cidadãos (as) livres, emancipados, portadores de um leque diversificado de direitos, assim como de deveres para com o(s) outro(s)”. (GOHN, 2014, p. 40).
A educação não formal acontece de uma maneira distinta da educação formal, ocorre fora da sala de aula. Em ambientes que não necessariamente foram construídos para serem estudados ou relacionados à pesquisa, mas tem uma relação direta com o ensino formal. O ensino não formal relaciona com as vivências e os conhecimentos do indivíduo mediante a relação com a sociedade. Segundo Simson, Park e Fernandes (2007):
“A educação não-formal é toda aquela que é mediada pela relação ensino/aprendizagem; tem forma, mas não tem uma legislação nacional que a regule e incida sobre ela. Ou seja, uma série de programas, propostas, projetos que realizam ações e interferências, que são perpassados pela relação educacional, mas que se organizam e se estruturam com inúmeras diferenças – em suma, um leque bastante amplo de possibilidades. (SIMSON, PARK, FERNANDES, 2007, p.16).
Em outras palavras, a educação não formal dialoga com a sociedade, com o cotidiano, com as representações, a cultura, os costumes e os indivíduos.  Logo, pode acontecer em diversos espaços sociais e culturais independente da utilidade do meio físico, o importante é que este espaço forneça meios para que ocorra a intenção de ensinar e relacionar o ambiente com o aprendizado.
Portanto, o Parque Estadual do Guartelá, referindo-se características de elementos históricos, turísticos e patrimoniais, considerado nos âmbitos da educação não formal, um propulsor que possibilita a prática de atividades, como parte de um processo educativo não escolar, que garante meios para que ocorra o Ensino de História e o Turismo Cultural, através deste espaço como recurso didático pedagógico.  

Discussões entre Ensino de História e Turismo Cultural
A relevância do ensino de história e o turismo cultural abordam aspectos do passado e do presente, contando a história do local, da cultura, dos costumes e dos povos.  Segundo Moletta (1998, p.09-10), a definição de Turismo Cultura pode ser entendida como:
“Turismo cultural é o acesso a esse patrimônio cultural, ou seja, à história, à cultura e ao modo de viver de uma comunidade. Sendo assim, o turismo cultural não busca somente lazer, repouso e boa vida. Caracteriza-se, também, pela motivação do turista em conhecer regiões onde o seu alicerce está baseado na história de um determinado povo, nas suas tradições e nas suas manifestações culturais, históricas e religiosas”. (apud. BATISTA, 2005, p. 30-31).
A atividade turística é importante tanto para o a comunidade residente impulsionando à economia, a cultura, a história da cidade, tanto para o público que visita que busca atividades turísticas de lazer, tanto para ensino- aprendizagem que estimula o conhecimento e o aprendizado histórico do local. Segundo Costa (2009, p. 190):
“O turismo cultural pode ser compreendido como um segmento da atividade turística que, por meio da apreciação, da vivência e da experimentação direta dos bens do patrimônio cultural, material e imaterial, e da mediação da comunicação interpretativa, proporciona aos visitantes a participação em um processo ativo de construção de conhecimentos sobre o patrimônio cultural e sobre seu contexto sócio-histórico. Em última escala, este processo auxiliará na produção de novos conhecimentos e a conservação dos bens visitados”. (apud CARVALHO, 2010, p. 56).
De fato, viabiliza efetuar o Ensino de História extramuros, fora da sala de aula, oportunizando o diálogo com o Patrimônio, a História, o Turismo e com a identidade, a memória e o próprio indivíduo. Portanto, pontuam importantes aspectos como sociais, culturais, saberes, aprendizados, conhecimento a cerca do local visitado e dos elementos históricos do passado e do presente.
Diante disso, o Ensino de História nos espaços não formais e o Turismo Cultural dialogam e possibilitam desenvolverem ações que valorizam o patrimônio histórico e cultural, atuando de maneira interdisciplinar à medida que são considerados componentes propulsores do patrimônio.

Considerações
Os espaços não formais de aprendizagem são importantes ferramentas que eleva o potencial educativo. Através de monumentos e patrimônios culturais, dentre outros, que reafirmam a valorização do patrimônio e a História. Auxilia no enriquecimento da cultura individual, coletiva e o fortalecimento dos sentimentos de cidadania e o respeito às culturas.
O Ensino de História e o Turismo Cultural em ambientes não formais, desde que estejam inseridos em um contexto histórico-cultural revela a importância e a possibilidade de promover ações educativas que proporciona o reconhecimento dos atrativos naturais e culturais dos patrimônios. E o Turismo para a cidade impulsiona a economia garantindo a possibilidade do processo de visitação, estimulando o fluxo de turistas, e consequente assegura elementos que instigam o Ensino de História e a preocupação com os recursos patrimoniais.

 

Referências Bibliográficas

BATISTA, C.M. Memória e Identidade: Aspectos relevantes para o desenvolvimento do turismo cultural. Caderno Virtual de Turismo. Vol. 5, n° 3. 2005, p. 27-33.
CARVALHO, D.K. Turismo Cultural e Arqueologia nos espaços urbanos: caminhos para a preservação do patrimônio cultural. Turismo e Sociedade. Curitiba, Vol.3, nº 1. Abril de 2010, p. 51-67.
GOHN, Maria da Glória. Educação Não Formal, Aprendizagens e Saberes em Processos Participativos. Revista Investigar em Educação - II ª Série, n° 1, 2014, p. 35-50.
IAP–INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Plano de Manejo do Parque Estadual do Guartelá. Curitiba, 2002.
PRATS, Llorenço. El Concepto de Patrimonio Cultural. Revista Política y Sociedad, Universidad de Barcelona, 1998, p. 63-76.
SIMSON, O.R.M; PARK, M.; FERNANDES, R.S. A Educação não-formal: um conceito em movimento. Visões singulares, conversas plurais.São Paulo: Itaú Cultural, (Rumos: Educação, Cultura e Arte,3) 2007, p. 13- 38.



31 comentários:

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  2. Amanda, Boa Tarde! É muito interessante a ideia de levar o ensino pra fora das salas de aulas, mais no caso de instituições que não tem muitos recursos, como você acha que essas instituições podem se adequar para passar esse tipo de aprendizagem?

    APOLIANE DO CARMO SANTANA

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    1. Boa noite Apoliane,
      Acredito que a melhor opção de levar essas atividades para a sala de aula, seria o caso de trabalhar o patrimônio cultural dialogando com a História. Ou seja, busque levar imagens, fotografias de espaços históricos culturais, e relacione estes espaços com os conteúdos ministrados. O interessante seria a possibilidade de levar os alunos para o museu, parque, passeio no centro histórico da cidade, e sempre relacionando com os conteúdos estudados. Mas quando nao é possível realizar uma atividade fora da sala de aula, propõe trabalhar o ensino de história dialogando com a própria cidade, os patrimônios, pontos turismo, artesanato dentre outros. Espero ter esclarecido sua dúvida.
      Amanda Cristina dos Santos Costa Alves

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  3. Gostei muito do seu texto, moro numa cidade onde o Turismo e as riquezas naturais são pouco valorizadas pelos moradores, mas minha dúvida consiste na seguinte como posso colocar o turismo local na grade curricular se na maioria das escolas se cobra o conteúdo do livro e dos vestibulares?
    Max de M. Patriota Maceió - Al

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    1. Boa noite Max,
      Sei como é difícil ministrar aulas tendo de seguir a risca o livro didático. O que posso dizer é que talvez a melhor maneira de trabalhar o turismo local e relacionar com os conteúdos ministrados, seria quando entrasse no conteúdo sobre a região onde você mora ou quando for ministrar aulas sobre o patrimônio. Tente relacionar os pontos turísticos e os patrimonios locais com o ensino de história.
      Amanda Cristina dos Santos Costa Alves

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    2. bom dia, muito obrigado pela sugestão. estou tentando fazer essas comparações principalmente quando se fala em história do Brasil tento ao máximo fazer um comparação com os monumentos os locais e trazer a realidade atual. muito obrigado pela dica. Max Patriota.

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  4. A atividade turística, Turismo Cultural: atividades a ser trabalhadas transversalmente no ensino de historia tanto em espaços formais e não formal. l- Pergunta-se : A compreensão pelos alunos destes componentes partindo do diálogo entre os espaços formal e não formal pode ser considerado como estudo teórico pratico? Justifique
    Genilda Perira Batista Lima.

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    1. Boa tarde Genilda,
      Vá depender muito de como o professor está conduzindo suas aulas tanto nos espaços formais quanto nos espaços não formais. Não adianta o professor ministrar uma aula fora da sala de aula e não tomar o cuidado de relacionar o espaço de aprendizagem com os conteúdos ministrados vai acontecer apenas uma visita sem o conhecimento teórico. Não é isso que proponho no meu trabalho. Este cuidado é justamente o que a colega me perguntou na questão abaixo. Não é porque a aula vai ser ministrada em um ambiente não formal que é uma aula teórica e prática, se não tiver a metodologia adequada se perde no conteúdo.

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  5. Olá, Amanda Cristina gostei muito dessa abordagem exposta em seu texto, essa ideia de levar o ensino de historia para além das salas de aulas, e bastante convidativo na minha opinião, pois proporciona muitas descobertas sobre as diversas riquezas históricas do nosso país.
    Gostaria de saber se os conhecimentos adquiridos nesses ambientes não formais, sendo formuladas fora do ambiente escolar, é repassado nos guias curriculares elaboradores para as escolas, ou ficam aparte de do que é ensinado nas escolas?

    ELÂNY RIBEIRO DE OLIVEIRA

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    1. Boa tarde Elâny
      Obrigada pelo elogio. Sobre a elaboração dos guias curriculares, nunca participei, não vou poder falar com propriedade. A intenção do artigo é de levar as atividades turísticas sempre dialogando com o Ensino de História para fora das salas de aulas. Logo, pode acontecer por meio de uma iniciativa do professor e da escola. Não acredito que fica aparte da escola. Acredito que uma atividade de levar os alunos ao museu, a um sítio arqueológico ou até mesmo um passeio pelos pontos turísticos da própria cidade e relacionando com os conteúdos ministrados em sala de aula proporciona diversas descobertas aos alunos e incentiva o estudo da História.
      Amanda Cristina dos Santos Costa Alves

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  8. Não ficou claro, pra mim, de que forma, na prática, acontece o ensino de História por meio do turismo cultural. Esse aprendizado seria proporcionado por guias locais aos visitantes? Os alunos das escolas do entorno participam de eventos na sede do parque? Esses conhecimentos relativos ao patrimônio circulam entre a população local? De que forma o ensino escolar de História vem utilizando esse nicho cultural?

    Rosiane Marli Antonio Damazio

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    1. Boa trade Rosiane,
      No momento em que o turista contrata o guia de turismo para conduzir o trajeto dentro do parque e visitar os sítios arqueológicos, em todo o caminho ocorre a troca de conhecimento. O guia é o educador, é ele quem explica a história local, explica a pré história, a presença de povos indígenas, a arqueologia aos turistas. A própria escola organiza visitações ao parque para ministrar suas aulas tanto de História, como Geografia, Biologia dentro do parque. Algumas Universidades da região também realizam aulas educativas. O parque localiza em uma cidade turística, envolvendo a comunidade, direta ou indiretamente ligada ao parque.

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  9. Bom dia, interessante o seu texto, pensar a educação fora dos meandros da Escola, entender outros espaços como educativos. Nesse sentido gostaria de saber se você já realizou essa atividade com os estudantes ou outros grupos? Outro detalhe, você considera esse Turismo Cultural como uma possibilidade de Educação Patrimonial? e se se como se daria esse processo?.
    Sandro Ambrósio Alves

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    1. Boa noite Sandro,
      O artigo é um projeto, em andamento, da linha de pesquisa que estudo no Mestrado em História. Não realizei a atividade com estudantes. Não considero o turismo cultural como possibilidade de educação patrimonial, porque a educação patrimonial pode ser realizada sem o turismo. O que acredito que uma dialoga com a outra, possibilitando a oportunidade de conhecer e preservar o local.

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  10. Bom dia,
    Gostei muito do seu texto, tenho pensado as visitações nos espaços museológicos aliados ao ensino da História. No entanto, se for possível gostaria que você falasse um pouquinho mais sobre a relação ensino da história e o turismo cultural, no sentido de que esse último não seja considerado apenas mais um passeio, mas sim uma experiência educativa. Como ocorre a mediação entre o turismo e o ensino na educação básica? Parabéns pelo texto traz uma excelente reflexão. Um abraço. Cyanna Fochesatto.

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    1. Boa tarde Cyanna,
      Obrigada pelos elogios. Gostei da sua pergunta. A relação do Ensino de História com o Turismo Cultural é um dialogo importante que aponta reflexões sobre como relacionar o turismo, o patrimônio e a História. Este cuidado é o que tento estabelecer no meu artigo, pontuando os conceitos do que é cada um e relacionando- os. No caso do parque, este foi criado para proteger as áreas naturais e os sítios arqueológicos que tem dentro do parque. Ou seja, o parque é um ponto turístico por conta da sua beleza cênica, seus atrativos naturais. A relação do Ensino de História com o Turismo se dá no momento que o parque foi criado, para proteger o patrimônio paleoíndio, os sítios arqueológicos. Neste momento toda a História vem à tona, esta é a relação que dialoga com a História. Agora como mediar o turismo e o ensino na educação básica, acredito que o professor possa conduzir uma aula sobre a cultura indígena, sobre a História Pré Histórica e sobre a Arqueologia, levando os alunos para conhecer o parque, e dialogando sempre a História com o Turismo. Contudo, o professor deve explicar para os alunos o que eles vão fazer fora da sala de aula, a importância da visita ao ambiente de aprendizado e relacionar com a História. Acredito que vá da metodologia de cada docente. Abraços.
      Amanda Cristina dos Santos Costa Alves

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  11. Boa tarde. Além da democratização do acesso a espaços de educação não formais, no caso do diálogo entre espaço formal e não formal, que sujeitos você acredita serem responsáveis por estabelecerem as conexões que garantem a democratização do acesso aos saberes apresentados nesses espaços? E como os professores podem se preparar para utilização destes espaços?
    Priscila Lopes d'Avila Borges

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    1. Boa noite Priscila,
      Acredito que responsáveis não tem. O que pode existir é pessoas motivadas a realizar este tipo de atividade fora da sala de aula. Os professores podem se preparar estudando sobre o patrimônio que vai levar os alunos para conhecer, e relacionar este patrimônio com os conteúdos ministrados em sala de aula. Ou seja, vai necessitar de algumas horas para dedicar ao estudo e preparação da aula que poderá acontecer. E tomar o cuidado da aula nao vir a ser apenas um passeio.

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  12. Olá! Gosto muito deste tema do uso dos espaços não formais na educação e considero muito engrandecedor aliar o turismo a esta temática. Ainda se faz necessário um grande trabalho em relação a valorização da cultura e memória local, transformando os locais das cidades e locais de história, onde a comunidade se integre ao processo de construção, valorização e replicação destas memórias. Você considera o poder público atuante na transformação da cidade em espaços de ensino não-formais? Identificou após este trabalho realizado com suas turmas de mudança de postura quanto a apropriação do Patrimônio Material e Cultural local?
    Parabéns pelo trabalho!
    Abraços
    Marciane de Souza

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    1. Boa noite Marciane,
      A pesquisa está em andamento, estes são os dados preliminares, ainda não terminei. E até o momento, não considero o poder público atuante, cem por cento, na transformação da cidade em espaços públicos. Vejo muito mais os docentes e a própria escola envolvida com atividades multidisciplinares fomentando a memória, o pertencimento, a identidade frente ao patrimônio histórico e cultural.

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  13. Prezada Amanda.
    Gostei de seu texto, parabéns, pois essa articulação História e Turismo ainda precisa ser feita com mais cuidado. Parecem 2 coisas bem diferentes, vc não acha? A que vc deve uma percepção comum de que são coisas que não se misturam? Outra coisa Amanda, é: o Parque do Guartelá é um patrimônio ambiental, com potencialidades de educação. Como vc articula o ambiente com a história mediada pela escola? Pois a ação educativa deve ser mediada pela escola, vc concorda? ou não? Por fim, eu te pergunto a que ponto e área do currículo escolar vc trataria da relação turismo e história? na História? Na Geografia? na Biologia? Se o Turismo é uma atividade que é percebida como fruição, como vc entende articular a cultura turística com o conhecimento? Quando as pessoas fazem turismo, normalmente elas pensam em não querer conhecimento, mas só fruir? vc não acha? como a escola pode entrar nisso? Obrigado .. Bruno Flávio Lontra Fagundes

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    1. Boa noite Bruno,
      Concordo com você, parece duas disciplinas bem distantes uma da outra, e se não tomar o cuidado acaba se perdendo na pesquisa. A ação educativa entre escola e patrimônio, sim, deve ser mediada pelos professor, e está aberta a transdiciplinariedade, podendo realizar atividade tanto da Geografia, História, Biologia, Geologia, dentre outras, relacionando com o Turismo. Essa relação que deve ser sustentada por uma base teórica. E para realizar a atividade vai depender da metodologia adequada que o próprio professor escolher trabalhar. A minha pesquisa objetiva um estudo com os guias de turismo como educadores. Portanto, pode ocorrer a mediação em ambientes nao formais por profissionais que nao são da área de História. Pois, os guias são os mediadores para que ocorra o dialogo entre o Turismo e a História, isso decorre durante a visita guiada e estou observando a metodologia utilizada por estes guias de turismo. A pesquisa está em andamento, estes são dados preliminares por isso não terei como te responder precisamente. Obrigada.

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  14. muito bom o artigo Parabéns. Adoro a ideia de ensinar fora da sala. Como proceder na escolha de um ambiente não formal, para o ensino de história? Quais perspectivas da história, deve ser abordada no espaço cultural não formal, para os turistas não locais?

    Leones Carlos Pereira

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  15. Boa noite Leones,
    A escolha do ambiente se dá pelo próprio docente, a partir dos temas ministrados em sala de aula e como relacionar estes temas com os patrimônios ao seu redor. Pode ser abordado aspectos históricos, culturais, sociais, ambientais dialogando com o espaço não formal.

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  16. Boa noite Amanda.

    Acho o trabalho extraclasse de extrema importância para o processo de Ensino e Aprendizagem, pensar a cidade, o parque, a praça como extensão do currículo é uma forma de dinamizar e dar mais significado as aulas.
    Gostaria de parabenizar pelo artigo e pela temática.
    Como seria possível aliar um trabalho interdisciplinar nesse processo?

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  17. Ótimo texto, parabéns. Minha cidade como muitas pelo Brasil não tem essa assimilação de patrimônio cultural com a historia, na verdade muitos nem sabem o que é patrimônio cultural histórico. Trazer pra dentro de sala de aula ou levar o estudante até este ambiente seria o ideal para maior aproveitamento disciplinar, mais fácil a compreensão de um assunto quando mostramos fisicamente a eles onde e como aconteceu. Não tenho indagações só os parabéns pela pesquisa. Obrigada.

    Bruna Martins de Oliveira Ferreira

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  19. Com a falta de recursos que a maioria das escolas públicas sofrem, quais sugestões de adaptações você sugere no uso de sites que permitem uma inserção em ambientes não-formais de aprendizagem, como o google atr project ou outros semelhantes?

    Priscila Matsushita Ferreira

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